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Comportamento

Aplicativos que localizam gays pelo celular têm turbinado a diversão

Elverson Cardozo | 29/01/2013 07:37
Grindr tem 1,9 milhões de usuários cadastrados em 192 países do mundo. (Foto: Luciano Muta)
Grindr tem 1,9 milhões de usuários cadastrados em 192 países do mundo. (Foto: Luciano Muta)

Ele estava a fim de sexo. Conseguiu. Não chegou a sair de casa. Pegou o celular, abriu um dos vários aplicativos instalados, arrumou um cara bacana para teclar e, no mesmo dia, os dois foram para a cama. Tudo aconteceu graças ao Grindr, um dos aplicativos que viraram febre entre gays e bissexuais.

“Conheci por amigos de São Paulo e do Rio de Janeiro que me indicaram como uma alternativa ao bate papo da UOL. O bate papo já foi o melhor caminho para o sexo casual. Hoje não é mais”, diz o jovem de 26 anos, que usa o sistema há 2.

Criado para iPhone e Android, o programa que permite a localização de usuários por meio do GPS do próprio celular conquistou milhões de usuários em todo o mundo. É como um cadastro de gays, para facilitar a paquera e não deixar dúvidas ao interessado sobre a orientação sexual.

Em Campo Grande, cidade que ainda cultiva o aspecto interiorano, muita gente já entrou na onda. O número de usuários não para de crescer.

Mas não é só o Grindr que faz sucesso entre os homossexuais. O Scruff, outro aplicativo do gênero, também ajuda na hora da conquista. O sistema foi desenvolvido para rodar tanto na plataforma IOS, para iPhone e iPad, quanto no Android.

Em ambos é possível se comunicar com usuários que estão próximo, na esquina da sua casa, por exemplo, ou em qualquer parte do mundo. O GPS indica a quantos quilômetros ou metros o usuário está do pretendente gay.

É possível publicar fotos, fornecer detalhes do perfil, informar as atividades que desenvolve e, ainda, trocar mensagens, imagens e adicionar contatos para compor sua própria rede. Os perfis favoritos também têm espaço. Tudo de graça.

As versões pagas incluem serviços adicionais, como a informação de quem visualizou seu perfil e quanto tempo ficou na página, por exemplo. O Scruff ganhou destaque por ser o primeiro aplicativo desse tipo que aceita as duas plataformas, - Android e IOS -, mas o Grindr surgiu antes e tem 1,9 milhões de usuários cadastrados em 192 países do mundo, segundo informações divulgadas na Google Play.

Tela do Scruff. Aplicativo foi desenvolvido para Iphone e Android. (Foto: Reprodução/Internet)
Tela do Scruff. Aplicativo foi desenvolvido para Iphone e Android. (Foto: Reprodução/Internet)

Quem já testou e utiliza o serviço faz boa avaliação. Para o rapaz que saiu com o vizinho que mora do outro lado da rua e diz que prefere o Grindr ao invés do chat, a vantagem do aplicativo é que as pessoas se expõem mais. “É um mercado muito específico”, explica.

Outro diferencial é que, com o auxílio do aplicativo, fica mais fácil saber das preferências sexuais dos usuários. “O que é fundamental. Afinal, não adianta reunir quem tem os mesmos interesses na cama, tem que ser diferente”, justifica.

Tanto o Grindr como o Scruff têm a proposta de ser uma rede social para relacionamento e amizade, mas a maioria dos usuários entra a procura de sexo.

Solteiro, o jovem de 23 anos resolveu se cadastrar no Grindr depois que um amigo comentou sobre o “localizador de pessoas”.

“Na verdade eu fui por curiosidade, por ser uma alternativa à sala de bate papo. Achei mais seguro porque dá para você ver a foto de corpo e, muitas vezes, de rosto. É também mais intimista porque você conversa com a pessoa em qualquer lugar e de qualquer lugar”, justifica.

Apesar das considerações, ele nunca saiu com ninguém que tenha conhecido pelo aplicativo “por causa da profissão”. “Eu não me arrisco muito. Se rolar sexo, beleza. Se não, vai no Oi e tchau”, explica.

O outro, de 29 anos, foi o único que não falou em sexo. Destacou as amizades que conquistou com auxílio do aplicativo, que usa desde outubro do ano passado.

“Voltando do Rio de Janeiro eu conheci um menino de Campinas no Aeroporto do Galeão. Fiz amizade e ainda mantenho contato. Na escala em Brasília também conheci outra pessoa. Fiz amizade”, conta.

Na avaliação dele, esse tipo de serviço oferece segurança. “Você vê o perfil da pessoa. Da para consultar, por exemplo, o Facebook”.

Ficou curioso? O download do Grindr pode ser feito na App Store ou pelo Google PlayO Scruff também está disponível na loja de aplicativos do Google.

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