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Comportamento

Após assalto, francês e chilena apelam a Deus por carona para chegar à Copa

Ângela Kempfer e Kleber Clajus | 20/06/2014 11:26
Soledad na avenida, em busca de carona. (Fotos: Marcos Ermínio)
Soledad na avenida, em busca de carona. (Fotos: Marcos Ermínio)

A aventura é grande: dois meses de viagem pela América Latina, saindo do Deserto de Atacama, no Chile. Já de saída, no Peru, o casal Anthony Sourles, 27 anos, e Soledad Araya, de 26, enfrentaram a decepção de um assalto. Perderam boa parte do dinheiro e a partir dali, comprar passagens ficou cada vez mais difícil.

Na manhã de hoje, os dois desembarcaram em Campo Grande, com as mochilas, mas sem o suficiente para seguir o percurso até São Paulo e depois ao Rio de Janeiro. Então, o jeito foi sair da rodoviária, atravessar a avenida e pedir carona.

“Por Deus", "São Paulo”, resumem os 3 cartazes nas mãos de Soledad e Anthony. Um apelo ao divino, na tentativa de sensibilizar motoristas normalmente desconfiados.

Com um espanhol claro, mas o português bem “borrado”, o casal vai explicando o que ocorreu até agora e o que esperaram para os próximos dias.

Casal sai do Chile e quer chegar a São Paulo e Rio de Janeiro.
Casal sai do Chile e quer chegar a São Paulo e Rio de Janeiro.

Até a quarta-feira, têm de estar no Rio de Janeiro, para o jogo entre França e Equador. “Meus pais já estão lá”, lembra Anthony.

O francês está desde novembro de 2013 no Chile, onde conheceu a namorada. Ele, agente de viagens, propôs a aventura até a Copa do Mundo no Brasil e ela aceitou.

Anthony esteve aqui pela primeira vez com os amigos, há 6 anos. Passou pela Bahia e Rio de Janeiro, mas agora retorna com vontade de torcedor.

Na nova aventura, eles estiveram no Peru, Bolívia e entraram no Brasil por Corumbá. Apesar das dificuldades para chegar até aqui, o casal tem planos maiores. “Se conseguirmos emprego, vamos continuar no Brasil”, diz ela.

Depois de horas com o pedido de carona na saída para São Paulo, Anthony parece desanimado, deitado sobre as mochilas. Orientados por campo-grandenses, eles agora vão seguir até um posto de combustíveis, para tentar a solidariedade de algum caminhoneiro.

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