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Comportamento

As pessoas deixam MS, mas Mato Grosso do Sul não sai do sul-mato-grossense

Lucas Arruda | 11/10/2015 08:28
 Luan Novaes se mudou para Curacautin, no Chile.
Luan Novaes se mudou para Curacautin, no Chile.

Não tem como deixar o lugar onde nasceu e não levar na bagagem hábitos que com a distância se tornam em algo afetivo. Na hora de ir embora, ficam as lembranças daquela comida que você como desde pequenininho, da bebida que toma com a família e amigos e várias outras coisas também.

Quando alguém sai daqui e vai de encontro a quem está longe, não falta encomenda. Neste 11 de outubro, data de pensar em Mato Grosso do Sul, o Lado B fez uma relação do que as pessoas mais sentem falta do aniversarianete do dia. No topo da lista aparece os sabores à venda no Mercadão de Campo Grande.

A vendedora Luan Novaes se mudou para Curacautin, no Chile, há sete meses. Ela saiu daqui em busca de uma melhor qualidade de vida e um país com uma economia mais estável.

Para lá, no ato da mudança, levou algumas coisinhas daqui, como o café do Mercadão. Para entrar no Chile com o gostinho daqui, teve de deixar parte da remessa na alfandega. “A minha sorte é que encontrei um cara muito gente. Estava com três sacos, mas só pode entrar aqui com produtos industrializados, como não era, queriam tomar de mim. Por fim dei um dos sacos para ele e consegui passar com os outros dois”, conta.

Tomar um tereré numa roda de amigos também é uma das coisas que ela sente muita saudade. “Tereré, os churrascos do fim de semana e tomar uma cervejinha sentada na calçada, aqui é proibido”, revela. “Na próxima semana vem um casal de amigos me visitar, eles vão me trazer erva, farofa e café”, emenda.

Débora vive há cerca de um ano em San Telmo, na Argentina.
Débora vive há cerca de um ano em San Telmo, na Argentina.

Já a fotógrafa Débora Bah, que mora há cerca de um ano em San Telmo, na Argentina, sente muita falta do contato com a natureza. “Há poucas semanas estive em Campo Grande para uma visita e quando saí do aeroporto vi um casal de araras voando, até chorei”, lembra.

Ela foi ao país em busca de aprimoramento, fez um curso de Edição de Efeitos Visuais e acabou se encantando. Agora entrou numa pós-graduação em Artes Visuais. Débora também sente falta de sair para comer com os amigos.

“Eu adorava ir comer pastel e sobá na Feira Central. Também ia muito tomar caldo de cana. Essas coisas não tem por aqui”, pontua.

Mas não é só quem sai do país que sente falta de Mato Grosso do Sul. A cantora Isabelle de Paulo é carioca, mas durante oito anos viveu aqui.

Ela, que se considera campo-grandense também, chegou ainda na infância em nossa cidade, quando tinha apenas nove anos e foi embora em 2008. Do tempo que ficou aqui se acostumou bastante com a vida tranquila.

“A locomoção aí é muito mais fácil. Aqui no Rio de Janeiro é muito difícil chegar em algum lugar, as ruas são estreitas e o trânsito é infernal”, diz. Das comidas, o que ela sente mais falta é da sopa paraguaia. “Quando alguém vem me visitar sempre peço para trazer uma”.

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