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Comportamento

Autônomo encanta vendendo releituras de obras famosas, mas quase não lucra

Elverson Cardozo | 08/02/2014 07:31
Para chamar atenção, obras ficam expostas na rua. (Fotos: Marcos Ermínio)
Para chamar atenção, obras ficam expostas na rua. (Fotos: Marcos Ermínio)

Ronaldo Custódio Jorge, de 41 anos, sempre foi vendedor autônomo e, no exercício da função, já trabalhou com quase tudo: de abacaxi a cadeiras de fibras, passando por móveis de madeira e, agora, quadros com releituras de obras famosas.

Em Campo Grande, onde chegou há dois meses, ele não tem um ponto fixo. Procura os locais mais movimentos para expor o material que, de longe, chama a atenção.

O problema é que, por aqui, o homem passa mais tempo no sol, atendendo clientes que só querem dar uma olhadinha, do que vendendo. Também pudera. Apesar da exuberância, o preço, para a maioria, não é nada convidativo.

O mais barato, um quadro comum, com adesivo que simula o efeito 3D, custa R$ 50,00, enquanto o mais caro, a releitura da Última Ceia (pintada em tecido), de Leonardo da Vinci, sai por R$ 600,00, mas o preço médio varia de R$ 200,00 a R$ 400,00. O pagamento deve ser feito à vista.

Paisagens ganharam espaço na coleção que está à venda.
Paisagens ganharam espaço na coleção que está à venda.
Romero Britto também ganhou "releitura".
Romero Britto também ganhou "releitura".

Ronaldo entende os clientes, sabe que o preço é “salgado”, mas continua apostando no novo negócio porque, mesmo vendendo um quadro por dia, o que tem sido comum, ela já lucra de R$ 150,00 a R$ 200,00. “Dá para ir se virando e ganhar o pão”, afirmou.

Na coleção que o vendedor deixa no meio da rua, para chamar atenção dos motoristas, têm paisagens, flores, animais e até os mosaicos de Romero Britto, pintados, claro, por outro artista, uma mulher, que faz a releitura.

Quadros encantam, mas venda ainda é franca, disse.
Quadros encantam, mas venda ainda é franca, disse.

Todas os quadros, disse, são comprados prontos de uma fábrica em Santa Catarina. O local, prosseguiu, comercializa obras de artistas nacionais que ainda não estão em evidência. O preço é alto porque, além do lucro, a moldura influencia bastante.

Na Capital, Ronaldo já passou pelas Avenidas Euller de Azevedo, Júlio de Castilho, Via Parque, próximo à rotatória da Mato Grosso, entre outros locais.

Como não há um local definido, o Lado B deixa, a quem se interessar, o contato do vendedor: (67) 9804-9978.

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