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Comportamento

Candidatos à redução de estômago ouvem de ex-gordinhos como é enfrentar cirurgia

Paula Maciulevicius | 11/12/2013 06:43
Na plateia, quem já fez, vai fazer ou está interessado. No palco, médicos falando dos riscos. (Fotos: João Garrigó)
Na plateia, quem já fez, vai fazer ou está interessado. No palco, médicos falando dos riscos. (Fotos: João Garrigó)

Sala cheia e olhos atentos. Organizada por médicos, a reunião da noite desta terça-feira, no auditório do Sebrae, era sobre cirurgia de redução de estômago. Na plateia, quem já fez, vai fazer, ou interessados. No palco, especialistas explicando passo a passo do pré, durante e pós-operatório, além da necessidade de uma equipe multidisciplinar no tratamento.

Depois da palestra dos cirurgiões James Câmara e César Conte e toda equipe de especialistas, é a vez de quem passou pelo processo falar da experiência. Entre os pacientes, há quem prefira lançar o antes e depois em fotos e compartilhar que agora, depois de magra, consegue ser abraçada pelos braços do marido.

Aos 37 anos, a gestora financeira Janaína Guerreiro, pesa 55 quilos. Situação diferente de dois anos atrás, quando a balança chegou a marcar 103. Ex-gordinha, ela faz questão de participar de cada reunião.

“A gente é um incentivo para quem vai tomar a decisão. Eu decidi fazer a cirurgia vindo às reuniões e quando ouvi um depoimento de uma mulher que pesava o mesmo que eu”, conta.

Janaína foi para o centro cirúrgico sabendo dos riscos. Decisão por operar veio de uma das reuniões.
Janaína foi para o centro cirúrgico sabendo dos riscos. Decisão por operar veio de uma das reuniões.

Ao entrar na sala de cirurgia, ela deixou para trás uma Janaína para sair outra. Foi para o centro cirúrgico sabendo dos riscos e todo tratamento que viria depois. “Se você está decidido e ciente de tudo, fica mais fácil. Eu já fui sabendo o que ia enfrentar, entrei e aquela Janaína ficou lá. Todo obeso precisa ter na cabeça que existe recurso para emagrecer tendo saúde”, ressalta.

Do lado de quem ainda está nos preparativos, a enfermeira Thalita Maroso, de 22 anos, ouve, lê e pergunta o que pode sobre a cirurgia. Obesa desde criança, ela decidiu que não podia mais ser gorda, depois de enfrentar todos os tipos de dietas, remédios e exercícios.

Ainda no processo do acompanhamento psicológico e da bateria de exames, até que ela entre para a cirurgia, serão 12 meses desde a decisão. “Isso de ver a pessoa que teve sucesso, te ajuda, porque você não tem surpresa. Eu sei de tudo o que pode acontecer, posso perder cabelo e ter de tomar vitamina o resto da minha vida, e quanto mais informação, melhor”, observa.

A reunião acontece há 13 anos e em 2013 a última foi realizada nesta semana. O médico idealizador do encontro, James Câmara, explica que a equipe segue a orientação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica. “É uma troca de informação, vem paciente pós e pré-operatório, é uma reunião para tirar dúvidas”, afirma.

A próxima, em 2014, ainda não foi marcada, mas os interessados podem acompanhar o bate-papo da reunião pelo Facebook, pelo grupo fechado, de cirurgia bariátrica.

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