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Comportamento

Casais passam horas montando quebra-cabeça, mas criam regras para não dar briga

Naiane Mesquita | 27/09/2016 07:07
Raquel e Ademar montam quebra-cabeças desde 2007 (Foto: Naiane Mesquita)
Raquel e Ademar montam quebra-cabeças desde 2007 (Foto: Naiane Mesquita)

Ademar jura que tem uma metodologia para montar o quebra-cabeça. Separa por cor, formato, tipo, enfim, tudo que for possível. Obcecado por terminar o serviço, ele já “traiu” a mulher Raquel e continuou juntando as peças mesmo sem a presença dela. Quase deu briga. Por isso, uma nova regra foi criada, só vale brincar junto.

“Eu sou muito metódico. Gosto de separar tudo certo antes de começar”, explica Ademar Farias, 31 anos. Na lista do casal tem quebra-cabeça de até cinco mil peças. “A primeira vez que montamos um quebra cabeça foi em 2007, um pequeno. Depois compramos um de mil peças e demos de presente para o meu pai”, relembra Raquel Alvarenga, 38 anos.

Há 11 anos juntos, os dois explicam que gostam de fazer quase tudo juntos, desde pintar e rebocar parede até montar quebra-cabeça. “Nunca brigamos, mas o Ademar é bem metódico e ele fica focado em terminar. Eu já sou mais calma, gosto de viver o momento, ir montando devagar. Ele tenta montar sem mim, mas eu acho quase uma traição. Igual ver série sem a pessoa”, brinca Raquel.

Os dois recentemente terminaram um de 5 mil peças. "Não deu para emoldurar, a gente ia colar, mas nem tinha espaço. Então eu desmontei, mas separei certinho, cataloguei, para não ter jeito de perder", explica. 

Casais passam horas montando quebra-cabeça, mas criam regras para não dar briga
Casais passam horas montando quebra-cabeça, mas criam regras para não dar briga

O hobby de Raquel e Ademar não é tão incomum entre os casais. Tem gente que briga feio, outros só dão risada e tem aqueles que viram na brincadeira uma forma de aliviar a solidão e a saudade de casa. Foi o caso da fotógrafa e jornalista Daniela Araújo, 35 anos, e o bancário Jean Jorge da Silva Araújo, 36 anos.

O casal começou a montar quebra-cabeça depois do nascimento da filha. “A gente morou um tempo em Curitiba. A minha família quanto a dele é de Campo Grande e a gente tinha uma filha bebezinha, de 7 meses. Não tinha para onde ir, ficar andando, saindo de casa naquele frio e para se ocupar, decidimos montar o quebra-cabeça”, afirma Daniela.

Como Jean viajava muito, Daniela separava com antecedência as peças que eles usariam para montar. “Era algo em família e que a gente gostava muito de fazer juntos”, conta.
Segundo a jornalista, só teve uma vez que a brincadeira quase deu briga. “Ele disse para eu esperar ele chegar para separar as peças. Eu decidi ir adiantando, comecei a mexer e o cachorro comeu a peça. Montamos, mas ficou faltando um pedaço”, ri.

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