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Comportamento

Para dizer o "sim" dos sonhos, eles saíram daqui e casaram na praia

Paula Maciulevicius | 14/08/2014 06:23
O grande dia foi 14 de novembro de 2011, há três anos Rebecca e Marcelo se casaram em uma praia de Ubatuba, litoral de São Paulo. (Fotos: Priscila Mota)
O grande dia foi 14 de novembro de 2011, há três anos Rebecca e Marcelo se casaram em uma praia de Ubatuba, litoral de São Paulo. (Fotos: Priscila Mota)

O casamento em igreja e a festa num buffet, seguindo o protocolo não era exatamente o que Rebecca e Marcelo Silvestrin tinham sonhado para o grande dia. Moradores de Campo Grande, em cinco anos de namoro e um de noivado, o desejo sempre foi de casar ao ar livre, de uma forma que traduzisse exatamente quem eles são.

Quando os planos aqui começaram a ser traçados, a noiva se viu na dúvida. "No dia que a gente ia reservar o buffet, fechar o contrato, eu e o Marcelo conversamos e eu disse a ele que não era exatamente aquilo que eu queria e ele respondeu: 'nem eu e se a gente casasse na praia? Na hora abri a internet e comecei a pesquisar sobre isso e eureca! Era tudo o que eu queria", descreve.

O grande dia foi 14 de novembro de 2011, há três anos eles gastaram, casando em uma praia de Ubatuba, litoral de São Paulo, metade do valor total de uma festa aqui, uma média de R$ 25 mil. Foram convidadas 100 pessoas entre família e amigos, mas só metade deles pode comparecer, pela logística que o casamento fora impunha.

Entre familiares e amigos, cerimônia reuniu 56 pessoas na areia da praia.
Entre familiares e amigos, cerimônia reuniu 56 pessoas na areia da praia.
O cenário da paisagem natural praticamente dispensou decoração e agregou sorrisos.
O cenário da paisagem natural praticamente dispensou decoração e agregou sorrisos.

Rebecca de Arruda Silvestrin, hoje com 24 anos, é jornalista. Curiosa por natureza, ela acompanhava blogs, lia tudo o que encontrava a respeito e daqui, contratou a empresa de cerimonial de São Paulo, que prestou toda a assessoria. “Pesquisando achamos uma empresa que fazia quase tudo, cerimonial e buffet em uma praia reservadinha. Aí decidimos por Ubatuba”, narra. Depois da escolha do mar e da areia como decoração, foram quatro meses de preparativos. Neste meio tempo, o casal foi até a praia conhecer tudo de pertinho e fechar os últimos detalhes.

“Fiz tudo sozinha, a internet e o telefone foram meus grandes aliados”, detalha. Nos três meses que antecederam o casamento, eles já estavam entregando os convites, até para preparar os convidados.

Da Capital saíram os noivos, os familiares e alguns amigos, que fechavam o número de 56 pessoas, o vestido dela e os fotógrafos. “Por conta de gasto e trabalho, nem todos conseguiram ir, essa é uma parte chata, porque temos que abrir mão de muitas pessoas queridas que não estiveram conosco”, pontua.

As famílias do noivo e da noiva dividiram o aluguel de uma casa, já para os amigos, o casal selecionou pousadas e hotéis próximos e que tivessem um preço mais em conta. “Fomos para São Paulo cinco dias antes do casamento e ficamos entre quatro famílias, as nossas e mais duas muito amigas. Foram dias de festa, churrasco, praia, curtimos cada momento”, recorda.

O casal nunca tinha ido a um casamento na praia. A imagem da cerimônia pé na areia e com a benção sob a luz do pôr-do-sol estava só no imaginário. Ele entrou de chapéu, usando chinelos. Ela, de vestido de noiva e rasteirinha nos pés. “Todo mundo acha que gastamos muito, mas foi tudo muito mais em conta e do jeito que a gente queria”, comenta Rebecca.

Até a entrega das alianças foi feita seguindo as ondas do mar, em conchinhas.
Até a entrega das alianças foi feita seguindo as ondas do mar, em conchinhas.

O casamento civil já tinha sido feito no Estado, antes deles embarcarem para a cerimônia religiosa. O pastor que celebrou os votos era só conhecido pela troca de e-mails e ligações e ainda assim fez do momento único na vida dos dois.

“Foi tudo muito tranquilo, a cerimônia foi uns 40 minutinhos e muito gostoso. Casamos às 17h, pegamos o pôr-do-sol”.
As dificuldades do antes foram os fornecedores e se tudo daria certo. No dia, o medo era da chuva que até chegou a dar às caras, mas só para refrescar. “Amanheceu chovendo uma tempestade, mas quatro horas antes parou e abriu o sol. Casamos, fizemos as fotos na praia e cinco minutos depois a chuva caiu, mas aí já estávamos na tenda, curtindo a festa. As cadeiras foram postas direto na areia, o altar de frente para o mar. Para a recepção foi montada toda uma estrutura de tendas.

“Eu e o Marcelo somos pessoas muito simples e isso tudo traduz no jeito que gostamos das coisas, como nos vestimos e com o casamento, não podia ser diferente”, resume Rebecca.

Um casamento na praia é exatamente como as fotos traduzem, leve, com uma paisagem natural, que decorador nenhum faria igual. “Se torna algo que todo mundo curte, aproveitei tudo e de uma maneira confortável, foi a melhor escolha da nossa vida”.

O Lado B apurou e entre os principais cerimoniais de Campo Grande, o desejo de casar como Rebecca e Marcelo parece não ter sido concretizado por nenhum casal. Estreante no mercado de casamentos, a cerimonialista Karla Lyara indica que uma boa ideia é escolher uma cidade em que os noivos tenham algum amigo ou familiar. No entanto, para os que não têm conhecidos que morem em cidades praianas, uma das alternativas é contratar um espaço a beira da praia, que já ofereça toda a estrutura.

“É preciso levar em consideração a data do ano, se o local costuma ventar muito, se a maré sobe demais e se possui banheiro próximo. Como a praia já é ambiente bonito, a decoração vai muito do perfil dos noivos, que podem optar pelo “simples”, sem deixar de ser chique”, avalia Karla.

O custo de um casamento na praia depende muito do estilo da festa e pode, ou não, sair mais em conta do que festejar aqui. O cerimonialista Gil Saldanha, conta que até já teve noivas com este sonho, mas que a distância de Campo Grande para o mar, coloca em xeque a logística para o “sim”.

“Um casamento assim vai ser uma cerimônia muito intimista ou então, como cruzeiro, onde cada um paga o seu. A grande questão é o trabalho na contratação de fornecedores à distância. Você tem que contratar buffet, serviço, a parte legal, como a licença da prefeitura”, elenca Gil. Uma saída, aponta o cerimonialista, pode estar nas prainhas junto aos rios aqui do Estado mesmo, chácaras ou clubes.

Mas um casamento com as ondas do mar de trilha sonora além de românticos, rendem fotos dignas de revista, como as de Rebecca e Marcelo. A felicidade e o amor registrados pela fotógrafa Priscila Mota, são de se apaixonar, olha só:

Depois do casamento, o cenário ficou ainda mais belo para o ensaio fotográfico.
Depois do casamento, o cenário ficou ainda mais belo para o ensaio fotográfico.
Ele usava chinelos, ela rasteirinha e juntos disseram sim com o pé na areia.
Ele usava chinelos, ela rasteirinha e juntos disseram sim com o pé na areia.
Simples, doce e tranquilo foi o casamento.
Simples, doce e tranquilo foi o casamento.
Até o buquê era delicado como a noiva.
Até o buquê era delicado como a noiva.
Uma cena que por aqui seria difícil de ser vista.
Uma cena que por aqui seria difícil de ser vista.
No início da cerimônia, mãe e noivo.
No início da cerimônia, mãe e noivo.
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