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Comportamento

Colorido, vestido bordado foi feito a 6 mãos para noiva que se casou duas vezes

Paula Maciulevicius | 19/12/2016 07:25
Vestido foi customizado por costureira, noiva e mãe. (Foto: Alex Doreto)
Vestido foi customizado por costureira, noiva e mãe. (Foto: Alex Doreto)

Laís nunca imaginou se casar num vestido de princesa e nem que teria dois casamentos. Bordado e todo colorido, a customização transformou o traje para o segundo grande dia. Costurado a seis mãos, o modelo usado no civil, realizado em novembro, combinou perfeitamente com o sorriso da noiva.

Para a família era muito importante que ela se casasse na igreja. E como os preparativos já tinham começado e não incluíam a cerimônia religiosa, foi no meio do caminho que Laís bateu à porta do único lugar onde faria sentido dizer o sim perante a igreja, a capela do Colégio Auxiliadora.

"Só ia casar na igreja se fosse lá, que além de linda é onde eu estudei a minha vida inteira, então significa alguma coisa para mim", explica a jornalista, Laís Berri de Oliveira Batista, de 26 anos. Pela vontade da noiva, a sorte lhe deu a oportunidade e depois de uma desistência, ela conseguiu data para outubro.

Primeiro casamento,  religioso, foi na capela do Auxiliadora. (Foto: Alex Doreto)
Primeiro casamento, religioso, foi na capela do Auxiliadora. (Foto: Alex Doreto)

"A gente se casou primeiro na igreja, com padrinhos e as famílias e depois no civil", completa. Mas as cerimônias - igreja e jantar e depois festa na Morada dos Ipês - seguiram todo protocolo, de dois vestidos de noiva e duas entradas ao som de Elvis Presley, como ela sempre sonhou. "Entrei com meu pai e as únicas coisas que mudaram foram vestido e acessórios", explica.

Ela e o noivo, André, se conheceram e começaram a namorar em 2014, depois de um 'match' no Tinder. Era o primeiro final de semana de alta hospitalar de Laís. Criada em Campo Grande, ela morava e trabalhava em São Paulo, mas voltou à Capital para se recuperar de uma bariátrica complicada. Foram oito meses de internação e um total de 18 procedimentos cirúrgicos.

"Entrei desavisada, queria sair aqui e fui ver o que tinha no Tinder em Campo Grande", recorda. André foi quem manifestou interesse primeiro e Laís correspondeu. Com a janela de papo aberta, a conversa rendeu horas e se transformou em dias até eles se encontrarem. "Achei ela bonita, começamos a conversar e não paramos mais", lembra o empresário André Luís Batista - agora Berri - de 39 anos. E em um mês eles começaram a namorar e Laís decidiu ficar em Campo Grande.

Laís calçando tênis. (Foto: Alex Doreto)
Laís calçando tênis. (Foto: Alex Doreto)
E a surpresa ao se ver pronta. (Foto: Alex Doreto)
E a surpresa ao se ver pronta. (Foto: Alex Doreto)
No segundo casamento, ela também foi levada pelo pai até o altar. (Foto: Alex Doreto)
No segundo casamento, ela também foi levada pelo pai até o altar. (Foto: Alex Doreto)
Com a mãe, Maria Denise, que entendeu como ninguém quão importante era ter o vestido dos sonhos no grande dia. (Foto: Alex Doreto)
Com a mãe, Maria Denise, que entendeu como ninguém quão importante era ter o vestido dos sonhos no grande dia. (Foto: Alex Doreto)

Planejar dois casamentos não foi tarefa tão difícil quanto a de acertar no vestido. Comprado em São Paulo, junto da mãe, o modelo à primeira vista não tinha nada parecido com o que a noiva queria, mas a criatividade já o enxergava lá na frente, com todas as aplicações.

"Ele era liso, não tinha aplicação e nem manga. Era um tomara que caia e eu queria um que não fosse branco", descreve Laís. O modelo "final" já estava na cabeça e a inspiração veio de um estilista austríaco que presenteou uma estilista americana. "Era o único vestido de noiva que eu tinha gostado na vida. Ele era todo bordado colorido e eu só pensava: preciso de um vestido assim", repete. 

A mãe da noiva, Maria Denise, já sabia que o gosto da filha não era pelo tradicional e começou a arquitetar tudo. De família de costureiras e bordadeiras, Laís teve total apoio da mãe, que por ser médica, ainda tinha de conciliar atenção aos detalhes do vestido com as cirurgias. "Eu sabia que podia customizar o vestido e queria que fosse tule, só não tinha pensado é que não se borda em tule. É muito difícil", fala. 

A alternativa foi, durante dois meses, pensar e fazer flores de seda. Só que quando as aplicações foram colocadas no vestido, ficaram horríveis. E para piorar, no calendário, faltavam só dois meses para o casamento. 

Mãe e filha passaram então a procurar tules bordados pela internet e encontraram. Com receio de que não ficasse perfeito, elas foram atrás de quem fizesse este trabalho delicado. Terminado 15 dias antes do casamento, quando provou, Laís não gostou. "Tinha pouca aplicação, começamos a aplicar adoitado e a mudar algumas de lugar até um dia antes", lembra aos risos.

As lágrimas escorreram também no segundo casamento. (Foto: Alex Doreto)
As lágrimas escorreram também no segundo casamento. (Foto: Alex Doreto)
Bem como os sorrisos de Laís e André Luís.
(Foto: Alex Doreto)
Bem como os sorrisos de Laís e André Luís. (Foto: Alex Doreto)
Com os padrinhos. (Foto: Alex Doreto)
Com os padrinhos. (Foto: Alex Doreto)

Tudo isso ainda escondendo do noivo e fazendo mistério para as madrinhas. "Elas sabiam que eu estava nessa pira com o vestido, mas eu não queria estragar a surpresa", admite Laís. E com André, o noivo não podia entrar na casa da sogra antes que a namorada fiscalizasse ambiente por ambiente para esconder o vestido. 

Depois de pronto, a reação de Laís foi esta registrada em foto. De surpresa, porque enfim estava tudo bem. "Acho que depois de tanto tempo, quando entrei no vestido, com o tênis e o cabelo que eu queria, estava perfeito agora", avaliou. 

E os convidados, que de início questionaram os gastos que teriam pelos dois casamentos, ficaram eufóricos com a ideia de aproveitar duplamente o sim do casal. "E eu chorei nas duas cerimônias absurdamente, de ter que ficar com lencinho", brinca Laís. O noivo achou o vestido perfeito. "Ela falava: 'ah, não vai ficar legal', mas para mim estava", completa André. 

Se depender da noiva, os dois se casam em todas as cerimônias que já tiverem sido inventadas. "Acho que tem que casar o máximo de vezes possível. Eu quero casar de novo na religião celta, wicca, budista", se empolga.

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De princesa, vestido veio de inspiração austríaca. (Foto: Alex Doreto)
De princesa, vestido veio de inspiração austríaca. (Foto: Alex Doreto)

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