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Comportamento

Com 37 mil batizados na história, Paróquia Nossa Senhora de Fátima faz 50 anos

Ângela Kempfer | 23/04/2014 06:37
Frei Oscar mostra livro com os primeiros registros de batismos da Paróquia. (Fotos: Cleber Gellio)
Frei Oscar mostra livro com os primeiros registros de batismos da Paróquia. (Fotos: Cleber Gellio)

Da capelinha de madeira com capacidade de, no máximo, 20 pessoas, restou apenas a foto. Em 1964 o lugar virou Paróquia Nossa Senhora de Fátima e não parou de crescer. Hoje, tem fiéis em 20 bairros na região do Monte Líbano e uma história boa de contar.

Desde que Frei Gregório de Protásio assumiu a função de fundar a igreja, já são 37.584 batizados e 5.408 casamentos. É muita gente na lista dos sacramentos católicos. A relação começou um ano antes, quando a capela ainda não tinha o status de paróquia.

Os vizinhos eram a maioria de origem árabe, mas mesmo assim o projeto vingou. “Uma família vendeu o terreno que ficava no descampado, no meio do cerrado. Muitas outras pessoas do bairro ajudaram, trazendo e pregando tábuas”, conta o pároco Oscar Langni.

Frei Gregório havia deixado o Rio Grande do Sul, passado por Corumbá e, a pedido do bispo, começou o trabalho no Monte Líbano, em Campo Grande. A santa de devoção foi unanimidade na hora da escolha, lembra o padre. “O bispo Dom Antônio Barbosa disse que queria uma igrejinha para Nossa Senhora de Fátima e o Frei Gregório concordou porque também era a santa de devoção dele.”

Como tocava sanfona muito bem, Frei Gregório passou a reunir pessoas em celebrações animadas e assim a fama se espalhou. De porteiro de convento, chegou à Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.

Primeira igreja de Nossa Senhora de Fátima.
Primeira igreja de Nossa Senhora de Fátima.

Muitas bênçãos - Com dois anos de vida, Edson Arakaki foi o primeiro bebê a receber o batismo na Nossa Senhora de Fátima, em fevereiro de 63. Um mês depois, em março, Sebastião Batista Pereira e Maria Oliveira Lima estrearam as cerimônias de casamento.

De lá pra cá, famílias se formaram e nunca esqueceram de voltar. “Tem bisnetos de gente que já se casou aqui e que também faz casamento na Paróquia”, diz o Frei Oscar.

Para comemorar o Jubileu de Ouro, uma das primeiras tarefas foi levantar os números, para mostrar a dimensão do trabalho realizado até hoje. Agora, a vontade é reunir todo mundo para dois dias de bênçãos especiais.

No dia 6 de maio, quem foi batizado na Paróquia terá uma celebração específica e no dia 7 a missa será para quem se casou na Nossa Senhora de Fátima.

Na verdade, serão quase duas semanas de festa, de 1º a 13 de maio, dia do aniversário da Paróquia. Na programação há bailão em homenagem a Frei Gregório e a 53ª Trezena, uma espécie de novena, mas realizada por 13 dias consecutivos.

Durante toda a comemoração haverá quermesse, com venda de artesanato, apresentações culturais e religiosas e barracas de comidas típicas, o que inclui, é claro, a boa esfiha e o quibe produzido pelas famílias de origem árabe do bairro Monte Líbano.

Detalhe com os registros dos primeiros casamentos na Paróquia.
Detalhe com os registros dos primeiros casamentos na Paróquia.
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