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Comportamento

Como sempre, o ano começa com promessas de dar fim à preguiça

Elverson Cardozo | 02/01/2013 16:55
Lazaro Gonçalves Teixeira optou pela academia ao ar livre para manter o peso. Não quer gastar. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Lazaro Gonçalves Teixeira optou pela academia ao ar livre para manter o peso. Não quer gastar. (Foto: Rodrigo Pazinato)

No primeiro dia útil depois da festança de Ano Novo, a cidade já se mostra movimentada, não como nos dias “normais”, mas com gente disposta a espantar a preguiça e colocar novos planos em prática. Deixar o sedentarismo de lado é um dos principais objetivos em comum.

As academias não amanheceram lotadas nesta quarta-feira (3), pelo contrário. O movimento era mais de clientes antigos, acostumados à rotina que exige disposição, força de vontade e bom humor, mas também tinha gente em busca de um “novo corpo” e qualidade de vida.

Assumindo e anunciando ser “o cara mais muxiba”, o pedreiro Lazaro Gonçalves Teixeira, de 68 anos, optou por esticar as pernas ao ar livre, na Academia da Terceira Idade da Praça Ary Coelho.

O projeto não é emagrecer, mas manter o peso. “Não passo dos 80”, garantiu, ao comentar que passou a “malhar” desde que o local foi reinaugurado.

À tarde, antes das 15h, em uma academia localizada na área central, havia um cliente apenas, mas não era aluno novo. Aos 67 anos, Nilson Franzine não abandona os aparelhos.

Empresário Nilson Franzine começou a malhar há 15 anos, por recomendação médica. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Empresário Nilson Franzine começou a malhar há 15 anos, por recomendação médica. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O empresário, que hoje vive uma vida mais saudável, resolveu mudar os hábitos há 15 anos, por recomendação médica. À época, apresenta problemas de pressão alta, colesterol e diabetes. Atualmente, tem a “saúde de ferro”.

Para quem pretende enfrentar a nova rotina, a dica de Nilson é simples, mas eficiente: “Não ter preguiça e começar. Se não fizer isso, não vai”, disse.

Foi o que comentou o proprietário da empresa, Gabriel Teixeira, de 21 anos, mas com uma ressalva que merece reflexão. Não adianta procurar a academia em busca de milagre e do corpo perfeito em dois, três meses. Não resolve.

“São dois tipos: o magrinho que quer ficar grande e o grande que quer ficar magrinho”, exemplificou.

A procura, acrescentou, aumenta no início do ano, mas o pico é o pós-carnaval, quando o brasileiro, no ditado popular, volta a trabalhar. A média de alunos novos é de 80 a 100 no período de dezembro a janeiro. Este ano, até agora, apenas 60 fizeram matrículas.

Personal trainer, Kristofer Alencar, afirma que a procura de alunos novos começa depois do carnaval. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Personal trainer, Kristofer Alencar, afirma que a procura de alunos novos começa depois do carnaval. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A justificativa para a paradeira foi a mesma dada por Kristofer Alencar, de 26 anos, personal trainer de uma academia que funciona com sistema de atendimento personalizado.

O local vai abrir hoje à noite para duas clientes novas, de 22 e 28 anos. “As duas falaram que era meta para o Ano Novo praticar exercícios físicos”, comentou o personal.

Há 9 anos na profissão, ele já conhece a história e diz que, em média, os alunos novos ficam 3 meses na academia, mas acabam desistindo por falta de estímulo e motivação.

Onde trabalha, por exemplo, a estratégia é a fidelização por meio de reavaliações físicas que mostram resultados e competições entre os próprios clientes. Em academias “comuns”, é mais difícil, argumentou. A dica é não manter o mesmo treino para não cair, novamente, na monotonia.

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