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Comportamento

Companheiros de academia usam a Zumba para ajudar menino com tumor no cérebro

Naiane Mesquita | 15/06/2016 08:04
Cauã de máscara e a mãe Daiane ao lado direito durante o aulão de zumba em prol dele (Foto: Arquivo pessoal)
Cauã de máscara e a mãe Daiane ao lado direito durante o aulão de zumba em prol dele (Foto: Arquivo pessoal)

Cauã tem apenas 9 anos e uma luta enorme pela frente. Diagnosticado com um tumor no cérebro, ele precisou ser submetido a uma cirurgia de emergência quando o primeiro sintoma apareceu, uma cegueira silenciosa, rápida e irremediável. Agora, com nove meses de quimioterapia pela frente, e viagens semanais de Aquidauana a Campo Grande, o pequeno precisa de toda ajuda possível para tentar vencer a segunda, de várias batalhas pela frente.

Foi assim, que um grupo de professores de zumba realizou um aulão especial no sábado para arrecadar fundos para o tratamento de Cauã. Conseguiram uma média de 100 alunos e o preço para participar era R$ 10,00.

“A mãe dele era nossa aluna, ela teve que parar devido ao tratamento dele, mas tivemos essa iniciativa porque eu conheço a família, sou próxima, sei das necessidades nesse momento”, explica Kety Marques, proprietária de um estúdio de zumba em Aquidauana, distante a 135 km de Campo Grande. 

A mãe, Daiane dos Santos Vargas, 26 anos, está desempregada. Como a cegueira do filho evoluiu rapidamente precisou deixar tudo para trás por ele.

“Ele vai toda semana fazer a quimioterapia no Hospital Universitário e precisa de uma ressonância uma vez por mês, no início nós não tínhamos a ajuda de ninguém e pelo SUS (Sistema Único de Saúde) iria demorar, então fizemos tudo pelo particular”, afirma Daiane.

A descoberta da doença aconteceu em cerca de dois meses, quando Cauã apresentou o quadro de cegueira.

“Agora ele está mais calmo, fica um pouco ansioso, mas ainda calmo. Quando ele perdeu a visão ficou muito agitado. Estamos com esperança, ainda confiantes, de que ele vai sair dessa, de ter a possibilidade de recuperar a visão”, ressalta a mãe.

Apesar das esperanças, o quadro é grave. Os médicos ainda precisam que a quimioterapia faça efeito para determinar as chances. Por enquanto ainda há um caminho árduo de nove meses. “Depois disso vamos fazer um outro exame, em São Paulo, com um especialista para avaliar a visão. Mas, primeiro precisa terminar o tratamento”, explica.

Além de Cauã, Daiane é mãe de mais duas crianças, Geovana, de 4 anos e João Pedro de 5 anos. “O Cauã ainda não tem essa consciência do tamanho do problema dele, mas tem uma força e esperança muito grande que vai sarar. Eles precisam de ajuda financeira e conseguimos muita coisa, principalmente alimentos. A campanha continua com o nome de Juntos por Cauã e vamos continuar tentando ajudar da forma como podemos, porque ele merece muito”, acredita Kety.

Quem quiser ajudar Cauã pode depositar qualquer quantia na conta poupança do Banco do Brasil, 38223-X e agência 01236, variação 51. A conta está em nome do menino.

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