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Comportamento

Coveiro recebe a 1ª homenagem póstuma após 40 anos em cemitério

Edivaldo Bitencourt e Aliny Mary Dias | 02/11/2013 10:41
Nilton retoca, há 50 anos, o túmulo da família no Dia de Finados (Foto:Marcos Ermínio)
Nilton retoca, há 50 anos, o túmulo da família no Dia de Finados (Foto:Marcos Ermínio)

No Dia de Finados, quando milhares de pessoas fazem homenagem aos entes e amigos falecidos, cada um tem uma história de amor e reverência com os antepassados. Pode ser a do coveiro, morto ano passado após trabalhar por 40 anos no Parque das Primaveras, que recebe a primeira homenagem póstuma dos familiares. Ou do aposentado que cuida por cinco décadas, religiosamente todos os anos, o túmulo da família no Cemitério Santo Antônio.

Ou pode ser o reconhecimento póstumo por 30 anos consecutivos aos pais que já morreram. “Amor de pai e mãe nunca morre”, contou a aposentada Marta Ferreira, 69 anos, que deposita, há três décadas, flores e velas na sepultura dos pais no Santo Antônio.

Falecido aos 89 anos, no dia 27 de novembro do ano passado, o coveiro Ângelo Coelho recebeu, neste sábado, a primeira homenagem dos familiares no Parque das Primaveras. “Ele enterrou boa parte de Campo Grande”, conta o filho, o comerciante Pedro Coelho de Araújo, 46, que foi com a mãe fazer a primeira homenagem póstuma ao pai.

Comerciante faz a primeira homenagem ao pai, que foi coveiro por 40 anos (Foto: Marcos Ermínio)
Comerciante faz a primeira homenagem ao pai, que foi coveiro por 40 anos (Foto: Marcos Ermínio)
Wagner trabalha com a família na venda de flores desde pequeno (Foto: Marcos Ermínio)
Wagner trabalha com a família na venda de flores desde pequeno (Foto: Marcos Ermínio)

Ele contou que, como o pai era muito querido, a família ainda não se conforma com a morte. Ângelo está sepultado no cemitério onde trabalhou por quatro décadas.

O aposentado Nilton Geron, 72, cumpre religiosamente, há 50 anos, uma rotina no Dia de Finados: ele retoca a pintura e acende velas no túmulo da família no Cemitério Santo Antônio. Hoje, ele foi de bicicleta do Bairro Jockey Clube. E critica o desleixo de quem não preserva as sepulturas de familiares. “É muito feio”, comenta.

Por outro lado, a data também é oportunidade para uma grana extra. Este é o caso da família de Wagner Rosa, 20, que vende flores há duas décadas no Parque das Primaveras. Em dois dias, eles chegam a faturar aproximadamente R$ 8 mil. Para reforçar o caixa doméstico, a família, composta por oito pessoas, “acampa” na Avenida Filinto Muller na madrugada do dia 1º de novembro. Ontem, eles chegaram às 4h30 para garantir um bom lugar para garantir a renda deste ano.

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