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Comportamento

DJ Alok visita projeto de ONG criada em Campo Grande e turbina apoios à África

Thailla Torres | 29/11/2016 07:59
Alok esteve na África no último fim de semana conhecendo a realidade de milhares de crianças em situação de miséria. (Foto: Alisson Demetrio)
Alok esteve na África no último fim de semana conhecendo a realidade de milhares de crianças em situação de miséria. (Foto: Alisson Demetrio)

Considerado um dos melhores DJs da atualidade, aos 24 anos Alok Achkar Peres Petrillo, conhecido como DJ Alok, emocionou fãs e seguidores após uma visita à África. O brasileiro vestiu a camisa da ONG Fraternidade Sem Fronteiras, um projeto criado em Mato Grosso do Sul e que ajuda milhares de crianças. Por lá, ele deixou um testemunho que já rendeu padrinhos e mais pessoas querendo ajudar. 

Em fotos emocionantes, Alok viu de perto uma realidade triste, de completa miséria. A visita foi no último fim de semana e com ele estava o irmão, a namorada e a equipe técnica de produtor, cinegrafista e fotógrafo.

A viagem já era esperada pelo DJ que não se espantou com o que viu, mas demonstrou admiração pela ONG em que é colaborador há um ano. Segundo o voluntário e coordenador médico, Andrei Moreira, 37 anos, que acompanhou o artista, a visita foi incrível.

DJ se emocionou ao conhecer dona Tessame de 98 anos, que não perdeu a fé para sobreviver. (Foto: Alisson Demetrio)
DJ se emocionou ao conhecer dona Tessame de 98 anos, que não perdeu a fé para sobreviver. (Foto: Alisson Demetrio)

"Alok já era apoiador desde o primeiro momento que a gente o conheceu há um ano. E desde que ele ficou sabendo do nosso projeto, sempre teve um interesse de conhecer a realidade do local, ficou bastante emocionado, viu uma situação difícil muito de perto", conta.

A visita foi em Matuba, onde está o último centro de acolhimento criado pela ONG que atende mais 1 mil crianças em estado de carência e miséria absoluta. Andrei conta que o DJ ficou muito tocado e sensibilizado com a situação de crianças e idosos que chegam a amarrar uma faixa na barriga para suportar a fome.

"Ele viu as 2 realidades do projeto, um local mais estruturado e outra em transformação, onde está conseguindo atender as crianças e também os idosos. Ele presenciou o nosso compromisso com o povo africano e também o sorriso de crianças que viviam em situação extrema, longe de condições e afeto".

Em sua página no Facebook, Alok publicou um testemunho que já rendeu quase 115 mil compartilhamentos, sobre a fé que mantém vivas milhares de pessoas.

Em dois dias DJ conheceu e aproveitou para brincar com as crianças. (Foto: Alisson Demetrio)
Em dois dias DJ conheceu e aproveitou para brincar com as crianças. (Foto: Alisson Demetrio)

"Já duvidei muitas vezes da existência de Deus. Porque ele abandonou a África? Porque permite que tantas pessoas morram de fome? Foi quando conheci a vovó Tessame, de 98 anos (atestado no documento). Sua pele marcada testemunhava os inúmeros sacrifícios já vividos. Porém, seu olhar profundo mostrava esperança e fé, e é exatamente isso que mantém ela tão forte!", publicou.

Atualmente, a Fraternidade Sem Fronteiras atende mais 7,7 mil crianças em 21 centros de acolhimento em Moçambique. Ali, elas recebem alimentações diárias, tem alfabetização, desenvolvem atividades lúdicas e participam de ações esportivas e culturais. 

Para Andrei, toda ajuda é bem vinda e a experiência de Alok só veio para acrescentar a importância de apoio para o povo africano. "Ele fez uma postagem honesta e foi exatamente o que viveu. Chorou muito diante de crianças e uma das senhoras que ele conheceu, que vive diante da miséria. É uma análise da própria vida e das oportunidades que a gente recebe", comenta.

(Foto: Alisson Demetrio)
(Foto: Alisson Demetrio)
(Foto: Alisson Demetrio)
(Foto: Alisson Demetrio)
Vestiu a camisa e chamou as pessoas para conhecerem de perto o projeto. (Foto: Alisson Demetrio)
Vestiu a camisa e chamou as pessoas para conhecerem de perto o projeto. (Foto: Alisson Demetrio)

Há 6 anos, foi o comerciante Wagner Moura Gomes, de 43 anos que resolveu deixar tudo e conhecer Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, na vontade de ajudar. Ele explica que o apoio de famosos dá um significado ao trabalho e leva o projeto ao mundo. "A pessoa que conhece o que é realizado, acaba tendo outra dimensão. Porque por mais que a gente divulgue, é diferente quando eles vão até lá e vêm a seriedade e a profundidade do projeto. A fama acaba sendo uma porta para mostrar a mensagem e a importância desse trabalho para o povo", explica.

Com a visita de Alok, segundo Wagner, o impacto foi grandioso sobre o aumento de doações e padrinhos do projeto. “Depois das postagens sobre a visita e o testemunho dele, milhares de pessoas ficaram conhecendo. A gente estava tendo uma média de 10 a 15 novos padrinhos por dia. Agora esse número triplicou”, comemora.

A participação das pessoas é o que aumenta as esperanças. "Só de pessoas querendo ir até a África para conhecer o projeto, assim como ele fez, já são centenas. Outra coisa que a gente percebeu é que os jovens acabam se envolvendo mais, se interessando se tornando um colaborador. Isso a gente achou muito interessante", diz.

A cada padrinho, uma nova criança é atendida pela Fraternidade Sem Fronteiras e a criança pode ser apadrinhada mesmo a distância, pelos voluntários que todo mês tem que contribuir com apenas R$ 50,00, via depósito bancário.

Quem tiver interesse de fazer a viagem deve ser um padrinho, fazer a contribuição e arcar com todas as despesas, já que todos os recursos da ONG são para desenvolver as atividades com as crianças. 

Mais detalhes pode ser encontrado no site Fraternidade Sem Fronteiras ou pelo Facebook.

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Em muitas regiões de Moçambique, crianças só recebem alimento uma vez ao dia. (Foto: Alisson Demetrio)
Em muitas regiões de Moçambique, crianças só recebem alimento uma vez ao dia. (Foto: Alisson Demetrio)
Alok viu de perto uma realidade triste. (Foto: Alisson Demetrio)
Alok viu de perto uma realidade triste. (Foto: Alisson Demetrio)
Mas se emocionou com projeto que vem mudando a vida das crianças através da cultura e assistência. (Foto: Alisson Demetrio)
Mas se emocionou com projeto que vem mudando a vida das crianças através da cultura e assistência. (Foto: Alisson Demetrio)
Que no fim deixa um sorriso carregado de esperança. (Foto: Alisson Demetrio)
Que no fim deixa um sorriso carregado de esperança. (Foto: Alisson Demetrio)
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