ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Comportamento

DJ conta como é trabalhar em uma casa onde os clientes fazem sexo na pista

Anny Malagolini | 11/02/2014 06:58
DJ Sammy é residente de uma casa de Swing da Capital.
DJ Sammy é residente de uma casa de Swing da Capital.

DJ de uma das principais casas de swing de Campo Grande, Vitor Eduardo Paulo Lopes, de 26 anos, o “Sammy”, trocou as festas convencionais pelo estilo prive. Ao contrário de quem toca para um monte de gente animada, dançando, no caso dele, o desafio é se manter inabalado com strip tease e até sexo oral na pista.

Sammy entra em cena a partir da meia-noite e o expediente termina "cedo", normalmente na manhã de domingo. Ele conta que já chegou a tocar para 118 casais. O número é bem menor em relação a festas convencionais, mas as surpresas são grandes para quem não está habituado com o público do sexo liberado. "No começo senti vergonha. Nunca me imaginei no ambiente, mas já acostumei”.

Ele lembra da cena mais marcante até agora. “Envolvia dois homens e uma mulher. De repente um cara virou e pegou o outro cara. Depois ficaram os 3 juntos. Para quem é DJ, isso é surpreendente no começo”, comenta.

O rapaz foi convidado a ser DJ da casa depois que um colega saiu da função. Há dez meses, as noites de sábado são voltadas para embalar os casais. O convite foi aceito, principalmente, pelo salário. A cada festa, chega a receber R$ 300, muito diferente da realidade de DJs em inicio de carreira.

Casado e pai de uma criança, ele diz que o local de trabalho não é problema em casa. Noite dessas, até levou a esposa para conhecer o ambiente para que assim diminuísse o ciúme: “Ela nunca mais quis voltar”, conta.

Para evitar qualquer tipo de problemas na noite, Sammy explica que a casa criou algumas regras só para ele. O DJ não pode passar do limite que separa a pista da área reservada, onde acontece realmente o swing, e é proibido de dar "liberdade" aos casais, dar asas a  qualquer paquera.

Sammy explica que para ele o trabalho se tornou normal, como em qualquer festa ou casa noturna, a diferença é na paquera mais “explícita”, sem contar com o strip tease feito pelos clientes mais entusiasmados.

Entre as músicas mais pedidas pelos frequentadores estão das “divas pop” Lady Gaga, Beyoncé e Rihanna. Nas últimas horas de festa, a “saideira” fica por conta dos sucessos do passado e hinos como Village People e Queen.

DJ desde 2007, ele atribui a escolha de discotecar em uma casa prive a cena complicada da cidade, formada por "panelinhas". Ele diz, por exemplo, que nunca nem sequer pisou no Move Club, hoje, principal casa de som eletrônico em Campo Grande. “Eu não tenho vergonha, é o meu trabalho". Para Sammy, além de de entreter, a música estimula a sensulidade do público, e ajuda ainda mais na hora da paquera, e por conta disso, o público não se distraem com conversas no celular, por exemplo, então concentrados no ambiente. "Não há diferença para mim, público é sempre igual, mas no prive parece que eles prestam ainda mais atenção no que está tocando”, comenta. 

Nos siga no Google Notícias