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Comportamento

Do catador de recicláveis a Miss MS, o que os adultos querem do Papai Noel

Paula Maciulevicius | 25/12/2013 07:06
Neste Natal, o Lado B pediu para personagens conhecidos ou não, que escrevessem uma carta para o Papai Noel. Hoje, como adultos mesmo.
Neste Natal, o Lado B pediu para personagens conhecidos ou não, que escrevessem uma carta para o Papai Noel. Hoje, como adultos mesmo.

O dono de funerária tem medo de morto. O reciclador de 62 anos nunca pediu presente de Natal. A artista plástica hoje só ouve o barulho do bom velhinho. O diretor de hospital acredita que a sociedade merece o que temos de melhor no coração. A miss deseja um caminhão, é claro, de "paz mundial".

Neste Natal, o Lado B pediu para pessoas conhecidas ou não, para que escrevessem uma carta para o Papai Noel, não para o personagem, mas para o que ele representa.

Hoje, como adultos mesmo, eles aceitaram. São relatos que começam aqui, mas continuam em outras reportagens na sequência deste 25 de dezembro.

Valdecir dos Santos, reciclador, acredita em Papai Noel depois de vê-lo na feira, mas nunca pediu presente de Natal.
Valdecir dos Santos, reciclador, acredita em Papai Noel depois de vê-lo na feira, mas nunca pediu presente de Natal.
Miss pede um avião de saúde, um caminhão de amor e carinho. (Foto: Elverson Cardozo)
Miss pede um avião de saúde, um caminhão de amor e carinho. (Foto: Elverson Cardozo)

Patrícia Machry, de 20 anos, deve ter sido boa menina no ano passado, porque neste, o bom velhinho a presenteou com uma coroa e o título de Miss Mato Grosso do Sul.

Na carta, ela pede um avião de saúde, um caminhão de amor e carinho. A moça, nascida em Sidrolândia, vai enfrentar em 2014 um dos maiores desafios até agora, representar Mato Grosso do Sul em concurso nacional. Então, já vai ensaiando. "Quero um navio transbordando paz para minha família, amigos e todo mundo", escreve como uma boa Miss em exercício da função.

Personagem de um enredo a parte na história do Hospital do Câncer de Campo Grande, o diretor Carlos Coimbra está, junto de uma nova diretoria, tentando virar uma página nebulosa da entidade.

A gente quis ouvir dele, o que um adulto empenhado em limpar a credibilidade de uma instituição, abalada por desvios de dinheiro, gostaria de ganhar de Natal, depois de um ano recheado de escândalos.

Ele ressalta que o que é preciso é por em prática o que há de melhor. “Nossa sociedade merece o que temos de melhor em nossos corações”, por isso pede o exercício de cada um nesse caminho.

No bairro Paulo Coelho Machado, o Lado B bate à porta de um senhor que faz de tudo. Compra alumínio e cobre, vende "reciclagem" e até conserta panela de pressão. Se vira como pode desde criança, por isso o Natal parece não exigir muita atenção.

Valdecir Alves dos Santos, de 62 anos, diz que acredita em Papai Noel, embora nunca tenha pedido nada ao bom velhinho.

“Acredito porque vejo ele andando, vi na feira esses dias, cumprimentando e dando bala para as crianças”, brinca. A equipe pede a carta, mas se ele nega a escrever e a dar qualquer dica. “Isso aí, não posso dizer, nunca pedi nada e não quero nada não, tem gente que precisa mais que eu. Pelo menos tenho saúde e trabalho”.

Os presentes dos adultos que se deixaram ser crianças de novo são da simplicidade de quem gostou de voltar a acreditar em Papai Noel. Já eu, querido Noel, quero de presente um ano inteirinho de boas notícias.

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