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Comportamento

Ele é canadense, naturalizado irlandês, mora na Coreia e torce para a França

Paula Maciulevicius e Bruno Chaves | 26/06/2014 14:17
Professor de línguas, Julien deu esta viagem como presente de aniversário para o pai, Alan McNulty, de 65 anos. (Fotos: Marcos Ermínio)
Professor de línguas, Julien deu esta viagem como presente de aniversário para o pai, Alan McNulty, de 65 anos. (Fotos: Marcos Ermínio)

Julien McNulty tem 40 anos, é canadense, naturalizado irlandês, mora na Coreia do Sul e torce para a França. A própria “babel” ambulante que o Lado B encontrou na rodoviária de Campo Grande, seguindo viagem para São Paulo com o pai. Como se não bastasse todo o misto de nacionalidades, ele já fez o roteiro de quatro copas. Esteve na França, em 98, até agora, 2014, no Brasil. Por aqui, trocou as camas de hotel por dormir nos ônibus mesmo.

Professor de línguas, Julien deu esta viagem como presente de aniversário para o pai, Alan McNulty, de 65 anos, segurança e irlandês, daí vem a naturalização no país. A viagem dos dois ao Brasil vai durar uma semana. Antes de chegar à Capital eles estiveram em Cuiabá vendo a partida na Arena Pantanal entre Japão e Colômbia.

Com a camisa da França ele fala que torce pela seleção francesa, mas o último jogo contra o Equador foi visto só pela televisão. A torcida é até entendida, diante da proximidade que o país tem com o Canadá, onde nasceu.

Alto custo das passagens de avião e dos hoteis fez com que ele recorresse à viagens de ônibus e dormir nas poltronas mesmo.
Alto custo das passagens de avião e dos hoteis fez com que ele recorresse à viagens de ônibus e dormir nas poltronas mesmo.

A experiência de quatro copas lhe deu suporte para comparar o Brasil com a África, Coreia e Japão, Alemanha e França. Na avaliação de Julien, a estrutura daqui não é nada muito diferente dos outros países que já sediaram o mundial. Até mesmo em relação à festividade. “São muito agradáveis, muito simpáticos”, diz o professor sobre os brasileiros. O problema é o custo dos hoteis e das passagens aéreas, por isso, pai e filhos decidiram dormir enquanto a viagem segue, à quatro rodas.

“O Brasil é muito caro para viajar de avião”, comenta Julien. Nas anotações estão os valores. Uma passagem de Cuiabá a Brasília sairia, para os dois, R$ 2,280. O mesmo trecho, ainda que demore mais, percorrido de ônibus sai por R$ 334.

Ainda no trânsito entre uma cidade e outra, os dois estranharam a falta de trem. Julien solta no meio da conversa “eu amo trens” e defende a ferrovia como melhor opção. “A África foi melhor em viagem, de andar para uma cidade e outra”, compara.

Quando precisou mesmo se hospedar, pagou caro para o que considerou pouco. Em Cuiabá, uma noite em quarto duplo custou R$ 250. “Era duas estrelas”, completa.

Hoje, Julien e Alan seguem viagem para São Paulo à noite. Vão aproveitar para por o sono em dia no trecho. De elogio, Julien atribui à nossa comida. “Comida boa. Um prato serve dois com frango, arroz, salada e eu pago R$ 32, é muito barato”.

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