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Comportamento

Eles conseguiram realizar sonhos de ano novo em 2013 e iniciam 2014 "zerados”

Elverson Cardozo | 01/01/2014 07:54
Eles sonharam alto, mas conseguiram realizar.
Eles sonharam alto, mas conseguiram realizar.

Em 2013, a advogada que sempre teve medo de altura saltou de paraquedas. A atendente gordinha, que usava 46, agora veste 36. O comerciante que pagava aluguel, desde 1994, conseguiu comprar o próprio terreno e a investigadora, que sempre quis ser mãe, adotou uma menina.

O ano que terminou, para qualquer um, teve lá seus momentos difíceis, é verdade, mas também foi de boas conquistas. Muita gente conseguiu cumprir promessas de 1º de janeiro, realizou sonhos antigos e entrou em 2014 com o pé direito. O Lado B encontrou alguns exemplos inspiradores.

Dominando a acrofobia - Simone Ferreira Leal, de 41 anos, sempre teve um medo terrível de altura. Se puder, viaja de carro ou ônibus. Avião só se não tiver jeito. Até parapeito de prédio vira terror. É um desconforto. A mão transpira e ela fica tão tensa, que mal consegue conversar, desenvolver um diálogo lógico.

Simone no avião, prestes a saltar em queda livre. (Foto: Arquivo Pessoal)
Simone no avião, prestes a saltar em queda livre. (Foto: Arquivo Pessoal)

A boa notícia é que, em 2013, a mulher conseguiu finalmente, mesmo que por alguns minutos, dominar a fobia. Apesar do pavor, a advogada decidiu, no impulso, a convite de uma amiga, saltar de paraquedas, em Boiatuva, no interior São Paulo.

“Sou capaz de enfrentar isso. É algo que tenho medo, mas quero fazer. Posso enfrentar e posso fazer”. Foi isso o que Simone pensou quando arranjou forças para pular do avião, a uma altura de 12 mil pés. “Perdeu a cor”, de tão pálida”, mas resistiu firme e forte até chegar ao solo.

“Na hora da queda livre você não pensa em nada. Na verdade, eu só esperava que o paraquedas abrisse. Quando terminou eu falei que queria de novo”, contou, relembrando o momento mais temido.

Teve repeteco. A experiência de dois dias nas alturas valeu à pena. Para ela, o salto foi a principal realização de 2013. Um sonho que trouxe uma lição prática: “Eu quero. Eu posso. Eu consigo enfrentar algo que tenho medo. Vou dominar essa situação”, disse, ensinando a “regra” do jogo.

Corpinho de modelo - Lígia Paula não saltou de paraquedas, mas foi às alturas quando, magra, pesando 53 quilos e vestindo 36, pisou na balança. A realidade, meses antes, era bem diferente: 68 quilos distribuídos em 1,53 metro de altura. Manequim 44-46. Nem as calças velhas entravam mais na atendente.

O antes e depois de Lígia. (Foto: Arquivo Pessoal)
O antes e depois de Lígia. (Foto: Arquivo Pessoal)

Conquistar o “corpinho de modelo”, com 15 quilos a menos, não foi tarefa fácil, é evidente. Quem já tentou emagrecer sabe como a missão é difícil. Acostumada a comer “gordices” nos intervalos do serviço, ela teve de se acostumar ao novo cardápio e, claro, à nova rotina.

Mas o empurrão para uma vida mais saudável começou em casa. “Tanto minha mãe, quanto minha irmã sempre foram magras. Aí começou a pegação no pé. Minha irmã comia certinho, de 3 em 3 horas, tomava shakes substitutos de refeição. Revolvi seguir as dicas dela”.

Foi barra pesada. Os primeiros oito quilos demoraram 7 meses para serem eliminados. Na academia, foram embora outros 4. O restante, 3, deram “tchau” ao corpo de Lígia em 20 dias, com ajuda da dieta do Dr. Dukan, que mantém um método bastante restritivo. Em 9 meses e 20 dias, a nova silhueta estava “no ponto”.

Os 15 quilos perdidos no passado, não tão distante, foi, nas palavras dela, “um sonho mega realizado” em 2013. Para manter o novo corpo é preciso ter a mesma determinação, mas isso, agora, não é problema, pelo menos para ela que virou adepta da “lei da compensação”: “Me privo na semana e, aos finais, me permito”.

Economia que valeu a pena - Desde 1994, quando começou a trabalhar no ramo de autoporta, Márcio Cardozo, de 53 anos, vem se privando, mas o problema, com ele, não era a comida. Sempre foi dinheiro. Há 19 anos ele resolveu abrir o próprio negócio, mas, sem grana, foi obrigado a alugar um terreno para instalar a oficina. Desde então, vinha economizando para comprar um lote.

Márcio economizou durante 19 anos e, em 2013, conseguiu comprar o próprio terreno. (Foto: Cleber Gellio)
Márcio economizou durante 19 anos e, em 2013, conseguiu comprar o próprio terreno. (Foto: Cleber Gellio)

O “cofre” demorou quase duas décadas para render. Apesar do esforço, o montante era apenas a metade do valor necessário para compra, então, o negócio, para dar certo, exigiu certo sacrifício, como a venda do Gol Geração 5, mas valeu a pena, diz o comerciante.

A inauguração do novo espaço, no bairro Marcos Roberto, perto do Shopping Norte Sul Plaza, aconteceu em fevereiro de 2013. Foi, para ele, uma conquista grandiosa. “Dá uma tranquilidade maior, porque você sabe que não vai mais pagar aluguel, que ninguém mais vai querer te tirar dali. Você sabe que aquilo é seu”, afirmou, ao dizer que pretende ampliar os serviços em 2014.

Amor de mãe para filha – Diferente do comerciante, da advogada e da atendente, a Policial Civil Joelma Belchior, de 35 anos, ainda tem uma lista com metas “antigas”, que pretende atingir em 2014, entre elas está o carro novo e os silicones para dar uma “turbinada” na comissão de frente, mas a investigadora começou o ano comemorando a maior conquista de 2013: a adoção da filha Lenir, de 9 anos.

Joelma e a filha, Lenir, de 9 anos, em momento de carinho. (Foto: Arquivo Pessoal)
Joelma e a filha, Lenir, de 9 anos, em momento de carinho. (Foto: Arquivo Pessoal)

Ela conheceu a menina em uma ocorrência. Depois, como a garota foi afastada da família, por uma situação complicada, passou a acompanha-la de perto, no abrigo. Decidia a ser mãe, ela deu entrada na papelada e, em pouco tempo, conseguiu adotar a criança.

Lenir mudou a vida de Joelma, mas foi uma mudança positiva, reconhece. “Sou solteira e morava sozinha. Não tinha uma rotina. Agora, acordo cedo, faço o café dela, colocar para estudar, levo e busco da escola, vou ao shopping...”

Para a investigadora, que, ao contrário do que se imagina, pode gerar uma criança, a adoção foi um sonho realizado. Hoje, com a filha ao lado, Joelma acredita em uma única receita para alcançar as conquistas que almejadas. “Sabe o que separa você do seu sonho? Sua determinação”, questionou, respondendo ela mesma, enfática.

E você, conquistou o que esperava?

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