Em caravanas lotadas, fiéis contam as horas para ver papa Francisco no Paraguai
Autoridade máxima da Igreja Católica, o Papa Francisco nem parece se importar com tal alcunha. Dono de um carisma e uma simplicidade que parecem inesgotáveis, ele arrasta multidões de fãs ávidos por uma selfie ou uma benção.
Na visita que fará ao vizinho Paraguai, na cidade de Assunção, não será diferente, inclusive com representantes campo-grandenses.
O servidor público, professor e ministro de eucaristia da Igreja São José, David Drummond Barreto dos Reis, 47 anos, é um dos que vai encarar a estrada em um ônibus para assistir a celebração do papa Francisco. "Espero que a gente consiga voltar renovado, com serenidade, com um pouco desse sentimento bom que o papa transmite para as pessoas", afirma Reis.
David integra uma excursão com mais de 80 pessoas e dois ônibus. "Várias paróquias estão indo nesse ônibus. Vamos sair no sábado, dia 11, ainda estou vendo o horário certinho, mas ou pela manhã ou depois do almoço. Vai até Assunção, assiste a missa e retorna no domingo mesmo", explica Marquito Campos, o organizador da caravana.
Experiente, Marquitos já fez peregrinações maiores para paróquias brasileiras e locais sagrados, como Israel. "Tivemos três meses para organizar a caravana. Não tenho mais vagas e serão 10 horas de viagem. Sou católico e sei como é importante para os fieis essa excursão", acredita.
O papa chegará em 10 de julho e no dia 11 reza missa na cidade de Caacupé, 50 quilômetros antes de Assunção. No domingo, a celebração será na capital paraguaia, com missa às 10h.
São mais de 10 horas de viagem de ônibus aqui de Campo Grande, ou cerca de 8 horas de carro, distância bem menor que a percorrida por quem resolveu conhecer o Papa Francisco no Rio de Janeiro, durante a Jornada da Juventude em 2013.
O preço da caravana organizada por Marquito foi de R$ 370, o preço médio de outras excursões organizadas pelo país e divulgadas pela internet.
Para David, o diálogo aberto de Francisco a questões atuais da sociedade, como amor, guerra, fome e compaixão merecem ser compreendidas de perto.
"Nós sentimos um carisma tão grande no papa, como era o de João Paulo II, a gente vê que existe uma bondade muito grande. Não pude ira a Jornada da Juventude no Rio de Janeiro e quando soubemos, eu e um amigo, não pensamos duas vezes em ir até Assunção para vê-lo", diz.
