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Comportamento

Especialista em produtos eróticos garante: campo-grandense é romântico

Anny Malagolini | 21/08/2013 07:30
Paula Aguiar, presidente da Abeme (Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual).
Paula Aguiar, presidente da Abeme (Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual).

Campo-grandense agora ganha fama de romântico, com avaliação de uma profissional para lá de experiente quando o assunto é sexo. Na avaliação da presidente da Abeme (Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual), por aqui, homens e mulheres tratam a relação com descrição e ternura na hora da relação sexual.

Paula Aguiar é publicitária e veio à cidade para um workshop. Ela chegou a conclusão analisando os tipos de produtos eróticos que são vendidos em Campo Grande. Um mapeamento realizado no País, para analisar o perfil dos consumidores, apontou que o sul-mato-grossense busca produtos discretos, nada excêntricos, para serem usados entre quatro paredes.

"Pessoas delicadas e educadas", é a conclusão de uma paulistana, nascida na Moca. “A relação a dois aqui é muito graciosa por haver uma preocupação com a intimidade do casal”, define.

A outra ponta nesse negócio está em São Paulo, por exemplo, lembra. "Lá, por ser tudo muito corrido, e a vida muito louca, não existe esse carinho. Os produtos são vendidos ate no meio da rua", conta.

A presidente da Associação também elogia as invenções dos campo-grandenses, com uma série de drinques eróticos. Outra tendência regional, segundo Paula, são itens que dão a sensação de gelo, por conta das altas temperaturas do Estado.

No resto do País os géis para sexo oral são os itens mais vendidos, depois vem os chamados vibradores líquidos, seguidos por cremes e pomadas para sexo anal, cápsulas de banho e vibradores para casais. Já aqui, o que mais sai depois dos géis são cartões sensuais, diz Paula.

As roupas de colegial, enfermeira e empregada doméstica lideram a lista há muitos anos de top de vendas nos sex shops e boutiques eróticas, mas nos estados mais conservadores servem mais para festas a fantasias.

"Os norte-americanos, por exemplo, compram produtos para atingirem o clímax de uma relação. O mais vendido lá é o vibrador", diz.

Paula mostra um gel, produto recordista de vendas no País.
Paula mostra um gel, produto recordista de vendas no País.

O brasileiro - Segundo ela, o Brasil hoje é referência em cosméticos eróticos. “Falta tecnologia, mas somos muito criativos”, comenta.

Levantamento feito em 2012 pela Associação mostra que as mulheres são as maiores compradoras do setor, inclusive nas sex shops virtuais, responsáveis por 60% nas compras. Já nos sex shops tradicionais, elas responderam por 65% das compras e nas vendas via consultores, são 88% da clientela.

Paula é especialista em vibrador, já publicou, inclusive “Vibrador - O Livro”. Para o sul-mato-grossense que ainda não experimentou, ou os menos ousados, ela indica uma das últimas novidades do mercado: o vibrador líquido - um spray inventado no Brasil.

Outra dica é o vibrador de 2 centímetros, que pode, inclusive, dar muito mais prazer do que um vibrador enorme por concentrar as vibrações.

Tem até o vibrador 100% ecológico, feito de plástico reciclado e que funciona com energia armazenada pelo acionamento de uma manivela.

Sobre o que ainda afasta muita gente dos sex shops aqui no Estado, Paula acredita que o problema não é timidez e sim falta de informação, por causar estranheza em relação ao uso de produtos e equipamentos eróticos.

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