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Comportamento

Médico italiano que atuou em hospital de Anaurilândia pode ser canonizado

Elverson Cardozo | 14/03/2014 15:56
Alessandro e a esposa, Luisa. (Foto: Reprodução/Internet)
Alessandro e a esposa, Luisa. (Foto: Reprodução/Internet)
Médico italiano atuou em Anaurilândia por 4 anos. (Foto: Reprodução/Internet)
Médico italiano atuou em Anaurilândia por 4 anos. (Foto: Reprodução/Internet)

O médico italiano Alessandro Nottegar, que trabalhou, entre as décadas de 70 e 80, no Hospital Sagrado Coração de Jesus, em Anaurilândia, a 371 quilômetros de Campo Grande, pode ser canonizado pela Igreja Católica.

A informação, divulgada pelo site Nova News, foi confirmada pelo padre Odorico Filippo, 81 anos, de Nova Andradina. Ele foi pároco de Anaurilândia por 7 anos. Não conheceu Nottegar, mas soube de suas virtudes.

“Foi um médico muito dedicado com os doentes. Uma pessoa muito boa que pode ser mesmo o primeiro santo que passou por aqui”, disse, ao comentar que o processo de Beatificação e Canonização pode durar muito tempo“Primeiro tem que ver suas virtudes heroicas, depois um milagre para declará-lo bem-aventurado e, depois, outro para declará-lo santo”, explicou.

O processo pela causa de beatificação e canonização de Alessandro Nottegar, declarado "servo de deus", começou em 2007. Em 06 de junho de 2009 foi concluída a fase diocesana e o processo continua em Roma. Apesar disso, não há nenhum milagre atribuido a ele publicamente.

Perfil - Alessandro Nottegar nasceu em Verona, na Itália, no dia 30 de outubro de 1943. Quando estava cursando a 5ª série do Ensino Fundamental, a família o mandou para estudar no Colégio dos Servos de Maria, em Florença.

Após anos de estudo, Alessandro entendeu que seu chamado não era para o sacerdócio, mas, sim para a família. Em 1971, casou com Luisa e com ela teve três filhas: Kiara, Francisca e Mirian.

Seis anos depois, em 1977, formou-se médico e em 1978 mudou-se para o Brasil. Estabeleceu-se em Anaurilândia, no Mato Grosso do Sul, onde atuou, até 1981, no Hospital Sagrado Coração de Jesus.

Alessandro Nottegar e a família. (Foto: Reprodução/Internet)
Alessandro Nottegar e a família. (Foto: Reprodução/Internet)

Doutor Sandro, como era tratado, não se limitou apenas ao exercício da profissão. Dedicou-se aos pobres, prestando-lhes assistência. Em sua casa, acolheu crianças e deu a elas a oportunidade de estudar e a perspectiva de um futuro promissor. Depois de três anos no Mato Grosso do Sul, Nottegar mudou-se para Rondônia, onde trabalhou em um leprosário.

Comunidade Regina Pacis – De Rondônia, o medico retornou à Itália e encontrou trabalho no Hospital de São Bonifácio, em Verona. Alessandro fazia de cada enfermo um amigo e irmão. Dizia sentir, em cada um deles, a presença de Cristo e recomendava a eles que vivessem o evangelho em toda a sua plenitude.

No país onde nasceu, sentiu o “chamado” e vendeu tudo o que possuía, inclusive as terras herdadas pelo pai, para seguir na vida religiosa e formar uma nova comunidade, a Regina Pacis, que nasceu em 15 de agosto de 1986.

Trata-se de uma comunidade de vida em comum, formada por famílias, leigos, religiosos e sacerdotes, que querem viver o evangelho em radicalidade, tento como base a palavra de Deus, adoração eucarística e a coração cotidiana (pessoal e comunitária). A vida dos fiéis é baseada na oração, que resulta na evangelização e atividade missionária.

Atualmente a comunidade Regina Pacis está presente hoje, com diversas missões, em Verona e Grezzana, na Itália; Quixadá e Fortaleza, no Ceará; Feira de Santana, na Bahia; Budapeste, na Hungria e Medjugorje, na Bósnia.

Alessandro Nottegar morreu em 19 de setembro de 1986, aos 42 anos. Ele voltava do serviço quando sofreu um infarto.

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