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Comportamento

Na hora do bolão, vale usar até rótulo de produto para encontrar a sorte

Thailla Torres | 29/12/2016 06:10
Amigos dividem o sonho de ficarem milionários e arriscam juntos com números de objetos. (Foto: Alcides Neto)
Amigos dividem o sonho de ficarem milionários e arriscam juntos com números de objetos. (Foto: Alcides Neto)

É incontável o número de pessoas que sonham com o prêmio milionário da Mega Sena da Virada. E o bolão é a melhor forma de potencializar as chances. No trabalho ou em família, no próximo sábado, quem tiver "a sorte", pode ganhar R$ 225 milhões na conta. Com tanta grana, tem gente que nem imagina o que fazer, mas não abre mão da fé e das mandingas para quem sabe ficar rico da noite para o dia.

Nas empresas não faltam truques na hora do bolão. Ninguém marca qualquer número, tem sempre aquele que sonha com uma combinação de dezenas, outros seguem o coração com datas importantes ou vale até arriscar a placa de um carro qualquer.

Silvio diz que tem sorte e desse vez está confiante para o prêmio milionário. (Foto: Alcides Neto)
Silvio diz que tem sorte e desse vez está confiante para o prêmio milionário. (Foto: Alcides Neto)

Seja qual for a ordem, os números tem uma super importância na vida de Silvio Constantino, de 63 anos. Na empresa onde trabalha, como técnico de almoxarifado, é ele quem coordena o bolão todos os anos, desde 2009.

Orgulhoso, menciona a confiança e a participação da maioria. "Aqui é todo mundo, não tem diferença e nem classe social, todos participam do meu bolão", conta.

Ele diz que vale de tudo um pouco para tentar ganhar, mas o foco está em um dos jogos que ele aposta desde 2014. "Cada um faz o seu palpite, mas eu tenho números baseados nos jogos de todos. Eu tenho a lista de tudo", explica.

São pelo menos 380 jogos todos os anos na Mega da Virada, diz Silvio. Mas ele também não escolhe qualquer dezena. Além de carregar na memória os números da sorte, ele diz que estuda pela internet os que mais saem e os que menos aparecem. Depois, com a lista em mãos, ele termina o jogo, só contando com a sorte. "Tenho uma lista desses números que acho que podem ser sorteados e na hora de escolher fecho o olho. Antes, viro o verso da folha, dou uma batidinha em cima do número, mentalizando que a gente vai ganhar. É o meu jeito de sorte", revela. 

Para quem não acredita, Silvio lembra que já esteve perto do sonho. Em 2014, ele acertou duas quadras. A quantia não foi alta, levando em consideração o número de participantes, por isso, o dinheiro foi investido em outro jogo. "Deu uns trocados e nem compensava dividir, pegamos o dinheiro e fizemos novos jogos. Uma hora vai ser nosso", torce.

Silvio acredita ser pé quente. "Tem que ter e acreditar. Aqui todo mundo confia em mim e a gente torce junto", diz. 

Ele ainda não sabe o que vai fazer, caso seja o próximo milionário, mas faz questão de deixar um recado para os amigos. "Vou ser honesto e não vou fugir. Vou chamar as pessoas, cantar e dar a parte de cada. Porque vai muidar a minha vida".

Silvio analisa os números que já foram sorteados. (Foto: Alcides Neto)
Silvio analisa os números que já foram sorteados. (Foto: Alcides Neto)

Em um bar da Capital, o patrão se inspira até nos códigos de barras. É o jeitinho que encontrou para ter sorte, diz o empresário Rodrigo Hata, de 35 anos, que tenta o prêmio milionário há 10 anos.

Não muito diferente, Rodrigo carrega algumas mandingas para o bolão feito com funcionários. Não vale só dar o dinheiro e fazer o jogo na lotérica. Tem que sentar, anotar número por número e lembrar daqueles que fazem parte da vida. "Aqui cada um faz o jogo, depois levo até a lotérica. Mas para escolher tem que lembrar de datas, placa de carro e uso os códigos de barra de produtos que a gente tem no bar", conta. 

Ele jura que já encontrou coincidência com números sorteados e os rótulos que usa. "Já caiu bastante coisa igual. Não cheguei a acertar nenhuma quadra, mas até 3 números do que a gente usa, já saiu no sorteio", conta. 

Para ter mais sorte, Rodrigo ainda conta com a fé, que vem do outro do lado do mundo. "Minha mãe mora no Japão há 25 anos, ela diz que vem embora o dia que eu ganhar, por isso todo fim de ano ela manda dinheiro", diz. 

Ele já chegou a investir R$ 1,5 mil em jogos no ano passado. Esse ano o valor será menor, mas é a mãe que não abre mão do investimento. "Ela também vai me dar sorte", acredita o filho.

Quem vai tentar a sorte? (Foto: Thailla Torres)
Quem vai tentar a sorte? (Foto: Thailla Torres)

Em família, um bolão vai contar com a fé de dona Darcy de Sousa Rezende, de 76 anos.  Mãe de seis filhos e avó de 15, foi ela quem incentivo os parentes a tentar a sorte neste ano. De cabeça na aposta, ela jura que não precisa de mandingas, mas carrega um costume que não abre mão. 

Para todo jogo, Darcy tem duas cartelas prontas na carteira, são os números da sorte, que segundo ela, um dia vão ser sorteados. "São os mesmo números sempre. Repito toda semana. Nesse bolão escolhi uma das cartelas e vai ser ela", acredita.

Na família, cada um faz o jogo e entrega nas mãos da matriarca, que mantém a fé de ver uma casa de milionários. "Eu tenho muita fé, já faz anos, e acredito que vamos ganhar. Meu genro até brinca que vai ficar rico porque sou em quem jogo e animo todo mundo a jogar", ri.

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