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Comportamento

Na virada do ano, algumas sugestões para um 2013 mais civilizado

Elverson Cardozo | 01/01/2013 07:00
Para 2013, Denise e Jaqueline, atendentes em uma conveniência, querem clientes mais educados. (Foto: Luciano Muta)
Para 2013, Denise e Jaqueline, atendentes em uma conveniência, querem clientes mais educados. (Foto: Luciano Muta)

Passa ano, entra ano, as promessas se renovam, mas algumas atitudes, no final das contas, não mudam. Tem discussões por vaga no estacionamento, bate-boca no caixa do supermercado e por aí vai. Uma série de brigas cotidianas que deixa tudo mais feio. Pode ser que o comportamento humano seja, de fato, algo difícil de decifrar, mas não custa nada tentar e desejar mudanças, para melhor, é claro.

Em busca de um 2013 mais civilizado, o Lado B saiu às ruas para ouvir sugestões de quem lida, diariamente, com o único animal racional, de personalidade exclusiva e que necessita de atenção, compreensão, carinho e afeto: o ser humano.

Atendente de uma conveniência localizada em um posto de combustíveis no centro de Campo Grande, Jaqueline Bernardes, de 29 anos, tem um único pedido a fazer: “Que as pessoas sejam mais felizes e agradáveis. A felicidade está dentro dela”.

A prima, Denise Bernardes, que trabalha na mesma função, é mais incisiva e objetiva. Para 2013, ela quer tranquilidade: “Que sejam educados, porque a gente está trabalhando”, disse, ao comentar que já passou muita dor de cabeça com clientes que não se importam em ofender, destratar, como se fossem os donos da razão e da verdade.

Do lado de fora, o colega, frentista, Rolney Soares da Silva, de 32 anos, vai na contramão, mas revela o que deseja para os próximos 12 meses: “Melhor atendimento para os clientes”.

A prova de quem nem todo motorista é educado veio da frente, da boca de uma manobrista. Há 16 dias na função, Ataide de Oliveira Machado, de 20 anos, já coleciona situações desagradáveis que provam que o ser humano não é assim tão evoluído.

Manobrista, Ataide espera que as atitudes simples sejam postas em prática. (Foto: Luciano Muta)
Manobrista, Ataide espera que as atitudes simples sejam postas em prática. (Foto: Luciano Muta)
Rose Pires quer fidelidade. (Foto: Luciano Muta)
Rose Pires quer fidelidade. (Foto: Luciano Muta)

O ano novo, espera, pode ser mais civilizado se atitudes simples forem colocadas em prática. “Espero tenham mais consideração. Todos nós somos irmãos. Para 2013, eu quero que as pessoas sejam mais atenciosas e tenha paciência, o que esta em falta”, disse.

Mas ele não se contentou apenas com a sugestão. Desabafou. “Eu estou aqui das 8h às 20h tomando sol para ajudar e a pessoa vem com estupidez?”, questionou.

Proprietária de uma loja especializada em roupas e acessórios country, Rose Pires, de 40 anos, não reclama dos clientes. Diz que nunca teve problemas com gente estressada ou de mal com a vida, mas quer fidelidade. “Porque a gente se doa e o cliente, às vezes por uma concorrência desleal, fica fazendo leilão dos nossos produtos”, justificou.

Às vezes o preço mais baixo - mesmo diante da qualidade duvidosa -, na cabeça do freguês, acaba pesando mais que o atendimento dispensado. “Aí ficam leiloando e não valorizam”, reclamou.

Técnico de radiologia em uma clínica de ortopedia, Eraldo Franco, de 27 anos, reconhece que a saúde não anda lá essas coisas, mas o paciente precisa ter paciência e entender que a culpa nem sempre é de quem está na frente. Para os mais estressadinhos, a sugestão, no próximo ano, é tomar calmante.

Atendente de um sexshop, Alexandra, nem cogita essa possibilidade. A recomendação é manter a animação, aproveitar os bons momentos e curtir a vida a dois.

Como nunca enfrentou problemas no trabalho, porque os clientes, no geral, são “relax” e mente aberta, a sugestão foi para quebrar o preconceito:

“Para 2013 eu gostaria que as pessoas vissem o sexshop de uma maneira diferente. Estamos aqui para oferecer uma fantasia. Aqui, um casamento de 50 anos pode virar 100”, disse.

E você? Qual sua sugestão para um 2013 mais civilizado?

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