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Comportamento

Os apps que deram o que falar, mexeram com sentimentos e o que ainda vem por aí

Elverson Cardozo | 01/01/2014 07:41
Com tantas opções, usuários "colecionam" aplicativos nos celulares. (Foto: Reprodução/Internet)
Com tantas opções, usuários "colecionam" aplicativos nos celulares. (Foto: Reprodução/Internet)

Na era dos smartphones, poucos conseguem sobreviver sem os aplicativos no celular. A cada novidade fica a sensação de que os programinhas, aqueles que facilitam (ou não) a vida, poderiam ter sido criados antes, não é verdade? Dois mil e treze foi, sem dúvida, um ano farto para os desenvolvedores, que conseguiram conquistar, provocar e mexer com o sentimento de milhões de usuários.

Teve muita coisa bacana, necessária para um mundo dito moderno, mas apareceu, também, cada invenção desajeitada. Nas relações sociais, pela internet ou celular, o que ficou claro, ainda mais, é que o status, no mundo virtual, conta muito.

Quem diria que um site que “vende” namoradas falsas, para trocar o “solteiro” do Facebook, iria dar tanto resultado? Deu certo. E quem imaginava que alguém pudesse inventar um sistema para avaliar, de modo grosseiro, o desempenho sexual dos homens. Pois é. Inventaram. Algumas coisas a gente morre e não vê.

Depois do lançamento teve quem achou a ideia genial e extremamente necessária, apesar das contrariedades evidentes. O Lulu é só um dos exemplos que caíram no gosto dos usuários. Há outros, muitos aliás, disponíveis para download.

Na lista dos populares, que viraram “febre”, está o Tinder, de paquera, o Snapchat, “destruidor de imagens", Moment Cam, o de caricaturas que bombou só no final do ano, e até o Candy Crush, o joguinho viciante.

De Campo Grande, o empresário Flavio Estevam, criador do site Namoro Fake e do Lulu Fake, responsável por levantar a moral de muito marmanjo por aí, destaca alguns mais inteligentes. Um deles é o Hand Talk, que auxilia a comunidade surda na comunicação.

Hand Talk foi eleito pela ONU como melhor app do mundo. (Foto: Divulgação)
Hand Talk foi eleito pela ONU como melhor app do mundo. (Foto: Divulgação)

O sistema converte, para Libras (Língua Brasileira de Sinais), áudio, textos digitais e fotografados. “Foi eleito pela ONU [Organização das Nações Unidas] como melhor aplicativo de inclusão social do mundo”, contou.

O outro, apontado por ele com um dos melhores do ano, é o Easy Taxi. O programa viabiliza o contato entre passageiro e taxista. O serviço de chamada, pioneiro, tornou-se o maior do mundo. Conta, hoje, com 60 mil taxistas cadastrados e cerca de 1,5 de usuários distribuídos em 9 países. No Brasil, está presente em 27 cidades, contra 29 internacionais.

Mas não é fácil conquistar o público. Há uma infinidade de programas úteis, funcionais, até melhores que os populares, que ainda não foram conhecidos. A constatação é do diretor operacional Jefferson Moreira, de 30 anos, que trabalha neste ramo e cita, por exemplo, o Mimo Card, aplicativo para mulheres obterem descontos e promoções em salões de beleza.

Funcional, intuito e sentimental - A dica, para quem desenvolve, é fazer com o que o app seja incorporado à rotina do usuário, como o Whatsapp e o Instagram, destacou o diretor. Criar algo útil, fácil, ágil, intuitivo, que facilita a vida de quem utiliza, é regra básica.

O ideal é que seja algo novo e diferente dos outros que já existem no mercado. Para Flavio Estevam é necessário atingir o sentimental. “Dessa forma ele será usado várias vezes e será compartilhado entre os amigos”, ensina.

Flavio Estevam, criador do Lulu Fake, aplicativo que "bombou" em 2013. (Foto: Pedro Peralta/Arquivo)
Flavio Estevam, criador do Lulu Fake, aplicativo que "bombou" em 2013. (Foto: Pedro Peralta/Arquivo)

Ele sabe tão bem dessas “dicas” que criou e conseguiu emplacar o “Lulu Fake”. Na avaliação do empresário, o sucesso de um app como esse, polêmico – e desnecessário para alguns -, reforça, mais uma vez, a preocupação das pessoas com a reputação nas redes sociais.

“Sempre querem ter um status positivo e nós apenas colocamos à disposição serviços onde elas podem comprar [isso]”, comentou.

O que falta? – Sem citar novidades, Jefferson arrisca dizer que, para 2014, teremos “uma nova onda de soluções”. A humanidade, argumentou, precisa de informações o tempo todo e cada vez mais rápido. O que falta? “Excelente pergunta. Hoje existem aplicativos para quase tudo o que imaginamos”, respondeu o diretor.

Estevam ainda acredita em novidades. Para ele, virão os aplicativos focados em Big Data, ou seja, aqueles criados “sob medida”, a partir da preferência dos usuários.

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