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Comportamento

Para expulsar bar da Rua 7 de Setembro, vizinho contra-ataca com som alto

Anny Malagolini | 23/05/2014 06:22
Bar em primeiro plano e ao fundo a caixa de som, sobre um pilar branco, na varanda da residência. (Fotos: Marcelo Victor)
Bar em primeiro plano e ao fundo a caixa de som, sobre um pilar branco, na varanda da residência. (Fotos: Marcelo Victor)

A eterna briga entre vizinhos por conta do som alto cria situações inusitadas em Campo Grande. Há cerca de 3 semanas, na Rua 7 de Setembro, uma enorme caixa de som foi instalada na varanda de uma das residências para concorrer com o burburinho do bar ao lado.

Durante o tempo que o "Maracutaia" fica aberto, de terça a domingo, normalmente das 18h a 1h da madrugada, o vizinho costuma ligar o "alto falante", com seleção musical peculiar, que inclui ópera, música eletrônica, sirenes de viatura policial, som de alarme e o chiado parecido ao de uma frequência desconexa de rádio .

A ideia de incomodar os clientes do bar, virou motivo de piada entre os frequentadores. “Ele tem um gosto eclético”, comenta a jornalista Evelise Couto. No último domingo, ela esteve no bar, por volta das 22 horas. Com o silêncio da rua e o murmurinho dos poucos clientes que ainda estavam no local, ficou evidente o som vindo da casa em frente. “Era uma frequência, um barulho estranho, perguntei ao meu noivo se era só eu que estava ouvindo e no bar me explicaram.”

Apesar do motivo ser uma briga pela saída do bar da região, as reações são sempre bem humoradas, dizem os funcionários. “A gente explica aos clientes e eles acham engraçado”, afirma Anderson Menâncio, gerente do Maracutaia.

Ele diz que descobrir a origem do "protesto sonoro" foi uma surpresa. “Pensamos que era um alarme disparado, mas aí percebemos o que era realmente”, lembra.

De dia, a caixa continua lá, mas desligada.
De dia, a caixa continua lá, mas desligada.

Mas a rotina da caixa de som voltada para o bar ganhou contornos mais sérios. A birra virou caso de polícia com troca de ataques. Os vizinhos acionaram o Ministério Público Estadual e os donos do bar registraram boletim de ocorrência. Anderson também informa que acionou três vezes a Polícia Militar contra o som alto do vizinho.

Sem música ao vivo, o local funciona com som de um DVD, em volume moderado, garante o gerente. O corretor de imóveis João Henrique, de 43 anos, mora ao lado do bar desde outubro do ano passado e diz que o local nunca incomodou em relação a barulho. “Eles fecham cedo, o barulho não incomoda”.

Para não se indispor com nenhum dos vizinhos, ele também se coloca na posição da família que optou por contra atacar com a caixa de som. “Talvez ele tenha se irritado com fluxo daqui”.

A reclamação de João é pela "falta de educação" de alguns clientes, que estacionam em frente a sua garagem. Em alguns casos piores, já flagrou motoristas colocando os carros sobre as calçadas.

O Lado B procurou por 3 dias consecutivos os donos da residência onde está a caixa de som. Estivemos, inclusive, na clínica da família, tentando uma entrevista, mas a informação repassada pela funcionário foi de que nenhum dos proprietários têm interesse de falar sobre o assunto.

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