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Comportamento

Quais nomes envelheceram nos últimos 20 anos e quais estão na moda?

Anny Malagolini | 07/03/2013 08:17
Casal registra o filho "Luis Henrique". (Fotos: Vanderlei Aparecido)
Casal registra o filho "Luis Henrique". (Fotos: Vanderlei Aparecido)

Não é só a gente que envelhece, os nomes também. Mas só quem mais de 30 anos percebeu essas transformações recentes. Quando era criança, as amigas se chamavam Márcia, Sônia, Cláudia, Mônica...Hoje, não conheço qualquer criança que tenha um desses nomes.

Márcia nos anos 70 era moda por causa da atriz Márcia Maria, estrela de novelas como "Os Deuses Estão Mortos", da Record. Sônia virou até clichê no Brasil com o sucesso de Sônia Braga um pouco mais tarde.

O músico Celso Petit, de 30 anos, é uma confirmação. O batismo foi homenagem ao tio, mas na época era até moderninho. Já agora, “é nome de velho né?”, comenta, ao confirmar que não conhece nenhuma pessoa com menos de 30 anos que leve o mesmo nome.

"Márcia" também se tornou ultrapassado entre as jovens dos anos 2000. A publicitária Márcia Sant’anna, de 23 anos, apesar do nome comum,  nunca conheceu uma xará mais nova que ela. A escolha, lembra, foi por pura falta de opção, conta. “Era para ser Cláudia, mas minha prima nasceu 15 dias antes e acabou levando o nome.

Ela também não gosta do primeiro nome, prefere o segundo, “Valéria”, mas agradece por não ter um nome diferente, “fico feliz porque não vou ser nenhuma vovó chamada Tiffany”.

Os nomes da vez agora são os que abusam de letras como Y e repetições como 2 Ls, lembra a tabeliã Cinthya Pereira dos Santos, um exemplo desta moda. “Os pais procuram registrar os filhos com nomes diferentes, e por isso gostam de inventar. Dois Ls, Y e a letra K, são as mais comuns para criar um nome diferente."

Cinthya sugere aos pais que antes de irem ao cartório fazer o registro, conversem entre eles, discutam o significado do nome que vai acompanhar o filho e também as combinações de sobrenomes. “É para o resto da vida, tem que ter critério, porque para trocar o nome é preciso de uma retificação judicial, e isso não é simples”, explica.

Para quem é fã de nomes “diferentes”, a decisão também não é só dos pais. Dependendo da escrita, o cartório cobra o significado. “Muitos aparecem com um punhado de vogais, que não emitem nenhum som entendível, ou aparecem com nomes de carro”.

A ideia era colocar o nome de Icaro, mas o pai, Marco Antonio da Senna, frentista, de 21 anos, foi contra a sugestão da esposa, Otacília Ferreira Lisboa Siva, 27 anos. Então tiveram de entrar em acordo e registraram o menino como Bruno Henrique, “é um nome forte”, argumenta a mãe. Sorte dele, porque se fosse uma menina iria se chamar: Mikaelly Mirelly. O nomes nada comum, pelo menos na escrita, tem a explicação simples “Tenho um filho que chama Matheus, e uma filha que se chama Gabrielly, para combinar”.

Renata é funcionária do cartório de registros civis há dois meses, e neste curto período já fez sua eleição entre os nomes mais registrados: Isabela e Vitor.

Para confirmar a preferência, o técnico de enfermagem, Mauricio Franco Fonseca, 28 anos, registrou a filha como Isabela. A escolha do nome não deu trabalho, já que é de antes da gestação, uma decisão da esposa, “Isabela é um nome simples, prezamos por isso, nada de nome americanizado”.

Na hora do registro também tem aqueles pais que pensam no futuro dos filhos, como a profissão e até a hora da chamada. Jéssica Rodrigues, 21 anos, não quis nada criativo, e tratou de colocar o nome da filha de Eduarda, nome anglo-saxônico que significa "guardiã da riqueza". “Quis algo simples, bem brasileiro”, explica a mãe.

Comerciários escolheu Clara, nome simples para a filha.
Comerciários escolheu Clara, nome simples para a filha.
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