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Comportamento

Quando a paixão esfria e descobrimos que o amor é tudo o que fica em nós

Mariana Lopes | 25/02/2015 06:56
E para encarar o fato de que o outro é um ser tão cheio de esquisitices e chatices quanto nós mesmos, só com muito amor (Foto: Anderson Vila Marques)
E para encarar o fato de que o outro é um ser tão cheio de esquisitices e chatices quanto nós mesmos, só com muito amor (Foto: Anderson Vila Marques)

Já li muitos estudos que afirmam categoricamente que a paixão entre um casal dura no máximo 2 anos. Hoje em dia, é raro um relacionamento durar mais do que isso. Mas, enfim... Desilusões (ou fogo de palha) à parte, o que acontece é que os romances do “mundo moderno” estão vindo com manual de superficialidade. Estar com alguém, nada mais é do que uma troca de prazeres, que dura enquanto a chama da paixão estiver acesa.

No dicionário, paixão significa “sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade”. Mas o que vem depois disso?? Depois que a explosão de fogos de artifícios finalmente acaba e conseguimos enxergamos o outro nu e cru à nossa frente? A verdade é que somos todos incríveis se vistos de longe, mas de perto o que resta é apenas o real, o “de verdade”.

E para encarar o fato de que o outro é um ser tão cheio de esquisitices e chatices quanto nós mesmos, só com muito amor. E é isso o que fica no final das contas. Aliás, o amor é tudo o que fica em nós depois que a paixão esfria.

Mas, confesso que demorei muitos anos para desnudar o amor e encará-lo de frente. Pois ele, meus caros, não é para qualquer um. Amar exige de nós um desprendimento de qualquer vaidade ou egocentrismo.

E anote aí: se você não está preparado para se decepcionar, também pouco está pronto para amar. E talvez esse seja o ápice do amor, a prova de fogo: o perdão.

Então, fico me questionando: quanto perdão cabe dentro do amor? E quanta gratidão cabe dentro do perdão?

Ainda estou aprendendo e enxergo a cada dia o que o amor é capaz de fazer na minha vida e do que sou capaz de fazer na vida através do amor. Mas acima de tudo, descobri que só amar não basta, eu preciso, diariamente, a todo momento, escolher amar, optar pelo amor que um dia nasceu dentro de mim.

*Mariana Lopes é jornalista e colaboradora do Lado B. 

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