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Comportamento

Quem ainda frequenta curso de etiqueta nos dias de hoje em Campo Grande?

Anny Malagolini | 04/06/2013 08:37
Alunas no primeiro dia do Curso de Etiqueta à Mesa (Foto: João Garrigó)
Alunas no primeiro dia do Curso de Etiqueta à Mesa (Foto: João Garrigó)

Etiqueta para comer banana? Ou como se come salgadinho de festa? A professora de etiqueta, Heloísa Helena Trindade, de 55 anos, ensina a ter bons modos a mesa, evitar gafes e assim, em pleno 2013, ainda tem gente frequentando aulas de etiqueta à mesa.

De família tradicional, Heloísa conta que foi educada a partir dos 10 anos para eventos sociais e, por pertencer a uma família importante, teve que aprender cedo a ter bons modos. Para isso, até no exterior foi estudar.

A professora diz que a maioria dos alunos mudaram de vida para melhor recentemente e por isso precisam aprender as regras no novo meio, mas há participantes de todas as idades e também pessoas que já frequentam a alta sociedade, como Procuradores e Desembargadores.

Nas aulas, Heloísa ensina, por exemplo, que o salgadinho de festa deve ser pego somente com a mão esquerda, enquanto a mão direita deve estar envolvida com o guardanapo, pois é a mão do cumprimento e tem de estar sempre limpa.

Comer e beber ao mesmo tempo? Nem pensar! Segundo ela é falta de educação.

Heloisa rebate de pronto qualquer comparação com "frescura". “Etiqueta a mesa é delicadeza, é um adestramento social”, define a professora.

Elizabeth Miranda da Silva, de 38 anos, é mestre em Química e, além do conhecimento pessoal, quis aprender boas maneiras para evitar constrangimentos na hora de escolher os talheres e copos certos para cada tipo de refeição, “Já passei vergonha em restaurante, as pessoas reparam quando você está comendo”, conta.

Mas além do uso pessoal, tem participantes que querem usar a educação a mesa pela profissão. A nutricionista Adrielle Doretto, de 22 anos, decidiu entrar no curso, já que trabalha com alimentação, “Já sei o básico, nunca passei vergonha, mas acho importante saber se portar em qualquer ambiente”.

Depois de passar vergonha, a vendedora autônoma Dalva, resolveu entrar no curso. Em uma experiência nada agradável, ela conta que o pedaço de frango a passarinho “voou” do prato enquanto tentava comer com garfo e faca.

E para quem tem curiosidade, Heloisa explica que o frango a passarinho, que tanto causa duvida, pode ou não ser comido com as mãos. Ela conta que deve, mas é preciso ter “lavanda” na mesa, um pequeno recipiente com água, para limpar as pontas dos dedos.

O curso é oferecido pelo Senac e a próxima turma tem início no dia 15 de julho, com duração de 5 dias e aulas de aproximadamente 4 horas diárias. Para participar, o interessado tem que desembolsar R$198,00, mas a promessa é de sair da aula pronta para um jantar real.

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