ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 21º

Comportamento

Sem falar inglês, mas com determinação, ele realizou o sonho de viver nos EUA

Graziela Rezende | 11/02/2014 10:06
Sem falar inglês, mas com determinação, ele realizou o sonho de viver nos EUA

Ainda na faculdade, Flávio Dias, 25 anos, era o colega do tipo “americanizado”, que fingia ser correspondente dos EUA, relatando todas as matérias com um sotaque de quem não entendia nada em inglês e gostava de ser chamado de “Flávio Óliver”. De origem humilde e de boa educação, ele tinha o sonho de conhecer o exterior. Na igreja, conseguiu uma bolsa e agora contabiliza inúmeras histórias, desta vez reais, mundo afora.

“Minha mãe me criou sozinha, com dificuldades, mas aos 10 anos já queria fazer uma grande viagem, bem longe da minha cidade. Com o passar dos anos, ficou ainda mais forte meu encanto pelos Estados Unidos. Até tentei ganhar bolsa no período da faculdade, mas tudo foi em vão porque não sabia o idioma e nem tinha dinheiro”, conta o jornalista e missionário.

Assim que finalizou o curso de Comunicação Social, em 2008, Flávio conheceu um amigo americano, por meio de outra amiga em comum. “Ele veio conhecer o Brasil e minha família o recebeu por 15 dias. Foi quando realmente vi a oportunidade de conhecer a América e sabia que um dia Deus iria me proporcionar este desejo. Pedi a ele uma carta convite e fui atrás das documentações”, comenta Flávio.

Em outubro de 2012, ele teve o visto negado. Com o dinheiro que economizou para a empreitada, Flávio contratou uma nova empresa para assessorar e, muito mais bem preparado, foi para o Rio de Janeiro e conseguiu a aprovação. “Com o visto em mãos, fui atrás de uma seleção de bolsas de estudo na Escola Bíblica de Obras Pioneiras da Igreja Videira, com sede em Pompano Beach, região próxima a Miami, onde morava o meu amigo”, conta Flávio.

Sem falar inglês, mas com determinação, ele realizou o sonho de viver nos EUA

Em 1 semana, fui contemplado com a bolsa por dois anos na América. “A partir daí, foi só correria. A direção da escola americana disse que deveria estar até o dia 25 de janeiro de 2013 nos Estados Unidos. Organizei a minha vida e conversei com os pastores para me liberarem, já que fazia um programa para eles.

Também pedi as contas de outro trabalho e comprei as passagens”, relembra. Nos últimos dias, Flávio ainda foi a sua cidade natal, para despedir da família. “Aproveitei cada minuto com os meus parentes em Camapuã e voltei para comprar moedas estrangeiras, porém a escola onde estou oferece transporte, moradia e alimentação.

Aqui, participo da banda da igreja, toco piano e sou responsável pela comunicação da instituição de Orlando”, conta. Com mais 11 seminaristas de diversas cidades brasileiras, eles chamam os USA de “o país da oportunidade”. “Vendendo pizzas e rifas em eventos, já conseguimos viajar por quatro dias a Nova York e um dia em Washington, onde conheci a Casa Branca e lugares onde só via nos filmes americanos, como a famosa ponte do Brooklin, Ilha de Manhattan, o Central Park e a Estátua da Liberdade”, diz o jornalista.

Sobre a temperatura, ele diz que as “orelhas já congelaram”. “Já peguei um frio de -13°C e registrei muitas imagens, para provar a mim mesmo que, quando a gente quer verdadeiramente algo, consegue. Essa viagem está sendo incrível, vou ter lembranças para o resto da minha vida”, finaliza o jornalista.

Sem falar inglês, mas com determinação, ele realizou o sonho de viver nos EUA
Sem falar inglês, mas com determinação, ele realizou o sonho de viver nos EUA
Nos siga no Google Notícias