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Comportamento

Ter um bicho é ficar um pouco mais humano todos os dias e aceitar as despedidas

Lenilde Ramos | 31/01/2015 07:45
Pretinha sumiu, sem deixar rastro.
Pretinha sumiu, sem deixar rastro.

Aproveito esse espaço multiuso para dizer que nossa gata subiu no telhado. Lá se foi mais uma, dos tantos felinos que já viveram conosco.

Essa era especial, como os outros também foram e chegou numa noite de chuva, aninhada nas mãos imensas do Uirá Ramos, campeão de gostar de bicho.

Era um filhote preto, esquelético e encharcado e avisei que não ia durar um dia. Na época tínhamos mais três em casa, além do "dalmalata" mal educado, o papagaio de trinta anos e três jabutis nascidos no quintal do velho Severino.

Mas aquela gatinha foi dando a volta por cima e virou uma super felina, comprida e cheia de personalidade, dessas que puxam conversa, se metem no meio das visitas, "pedem" pra gente abrir portas e janelas e dormem refesteladas no pé da cama.

A gente a chamava de Pretinha, pelo menos um nome decente, se comparado ao dos gatos anteriores. Um deles estava crescendo e eu dizia aos meninos: "Como é que vai se chamar esse indivíduo?". Acabou ficando Indivíduo. O outro foi chamado de Elemento, pelo mesmo motivo e um outro, Personagem.

Pretinha adorava minha mesa de trabalho e se esparramava no meio de agendas, canetas e, se eu me distraísse, metia a pata no teclado do computador e eu via uma fileira de kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk... quando não, coisa pior.

Quando aprendeu a jogar objetos no chão, foi uma farra. Do meu quarto, na madrugada, eu ouvia lá na sala: plact... ploct... e na manhã seguinte estava tudo por terra. Nossos gatos foram todos enterrados no quintal, mas Pretinha sumiu sem dar notícia. Nem sinal.

Então faço aqui uma homenagem póstuma a mais um bicho parente que vai deixar saudades.

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