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Comportamento

Uma legião larga o cigarro não pela saúde, mas para garantir o convívio social

Anny Malagolini | 05/08/2013 06:36
Conceição abandonou o vício porque não suportava mais a liberdade só nos fumódromos.
Conceição abandonou o vício porque não suportava mais a liberdade só nos fumódromos.

Enquanto uns começam a fumar por conta da interação social, tem aqueles que decidem abandonar o vício, não pela saúde, mas buscando justamente entrar em um círculo de amigos que não fumam.

Depois que a lei antitabagismo entrou em vigor, muitos fumantes resolveram repensar o que os levaram a fumar, já que a lei proibi o costumeiro cigarrinho em locais públicos fechados. Com a liberdade somente em uma área destinada, os fumódromos, na maioria do lado de fora das casas noturnas e bares, alguns passaram a se sentir quase "marginais".

Foi assim com a funcionária pública Conceição do Nascimento Pereira, de 48 anos, abandonou o vício depois de 20 anos fumando. Mas os motivos não foram os mais “corretos”, como pensar na saúde. O cigarro já não faz parte da vida há pouco mais de três anos. “Não me fez mal, não à saúde”, garante.

O sacrifício de quem fumou por décadas, e uma carteira de cigarros por dia, tem recompensa. Além dos amigos, que agora não ficam na mesa esperando o bendito cigarro chegar ao fim, a vaidade também fala mais alto. O cheiro da nicotina, por exemplo, foi trocado por boas fragrâncias. “Engordei quase 30 quilos no começo, foi difícil, porque para mim, fumar é gostoso, mas já não vale a pena”.

Outro que abandou o vício é o coordenador de eventos, Anísio Dias Guimarães, de 53 anos, que teve o cigarro no bolso por desde os 13 anos. Só aos 50 teve coragem para assumir que a nicotina não precisava estar em sua vida.

Mesmo com tantos anos de fumante, Anísio nunca teve nenhum problema de saúde por conta do cigarro, a decisão de parar foi unicamente por conta do convívio social, que andou “abalado” pelo cigarro.

O mal estar do coordenador era mais com as reclamações e os frequentes anuncios de “não fumantes” que o rodeavam. “Sair do lugar para fumar para mim é um preconceito e não me fazia bem, e percebi que não fazia bem para os outros também”.

O sacrifício valeu e agora ele gosta de dar a dica: "Todo mundo reclamava, diariamente do cheiro, agora sentem o cheiro do meu perfume”, conta orgulhoso.

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