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Comportamento

Vira-lata mascote de presídio apanhou, perdeu pata, mas ainda sabe dar carinho

Stephanie Romcy | 22/12/2014 06:45
Mesmo com tanto sofrimento, Bóris é muito dócil e carinhoso.
Mesmo com tanto sofrimento, Bóris é muito dócil e carinhoso.

Bóris, um cão vira-lata de aproximadamente quatro anos, há um mês foi resgatado das ruas de Campo Grande e agora aguarda um lar carinhoso para viver. Ele apanhou, foi atropelado e precisou amputar uma patinha por conta dos ferimentos. Mas apesar de toda violência que sofreu, o que surpreende é que ainda é extremamente carinhoso com o ser humano.

A farmacêutica Lucimare dos Santos Maciel, 24 anos, foi o anjo que ajudou o cachorro. Ela e uma amiga tem um trabalho no Presídio de Segurança Máxima e em uma das idas à penitenciaria encontraram Bóris.

O cão era como mascote dos policiais que fazem a guarda nos arredores do complexo penitenciário. "Os policiais disseram que ele vivia na rua há quase três anos, eles davam comida e até vacinas, mas como ficava só na rua, a situação dele só piorava. Até jogaram água quente nele", relata.

Lucimare e a amiga fizeram o resgate e levaram para a clínica Clinvet e as despesas até hoje já passam de mil reais, mesmo com os descontos.

Agora, Bóris está a espera de um lar temporário ou, quem sabe, definitivo. "Mesmo com tanto sofrimento, é um cãozinho muito dócil e carinhoso. Sempre que posso vou visitá-lo, levo para passear, pra ele não se sentir tão sozinho, mas não posso adotá-lo porque moro em uma kitnet", comenta a farmacêutica.

O vira-lata está na clínica e quem se interessar pela adoção ou até mesmo quiser ajudar na continha do veterinário, entre em contato com a Lucimare pelo telefone (67) 9100 9680.

Crime - Abandono e maus-tratos contra animais são crimes. De acordo com o Código Penal, a pena prevista pelo artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais é de detenção de 3 meses a 1 ano e multa.

Os atos de crueldades mais comuns são abandono; manter animal preso por muito tempo sem comida e contato com seus donos/responsáveis; deixar animal em lugar impróprio e anti-higiênico; envenenamento; agressão física, covarde e exagerada;mutilação; utilizar animal em shows, apresentações ou trabalho que possa lhe causar pânico e sofrimento; não procurar um veterinário se o animal estiver doente.

Até novembro deste ano foram registrados 43 casos de maus-tratos na Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), contra 39 no ano passado.

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