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Comportamento

Ambulante dos novos tempos tem prancheta, vende chips e até casas no Centro

Ângela Kempfer | 30/11/2011 11:55
Vendedores de casas abordam quem anda pela 14 de Julho.
Vendedores de casas abordam quem anda pela 14 de Julho.

Passar pela calçada da 14 de Julho, no centro de Campo Grande, é ser abordado por, pelo menos, dois vendedores por quadra. A maioria é jovem e não se enquadra no conceito camelô, são funcionários de operadoras de celular contratados. Mas outros que perambulam pela principal rua do Centro trabalham na base do risco.

As operadoras da telefonia móvel ocupam todas as esquinas e, apesar da concorrência, os funcionários viram amigos na rotina de 8 horas de serviço.

Felipe e Vanessa dividem a mesma esquina.
Felipe e Vanessa dividem a mesma esquina.

Felipe Siqueira, de 21 anos, e Vanessa Mamote, de mesma idade, se conheceram na esquina da 14 com a Afonso Pena, há 3 meses. Um vende chips da operadora Claro e outro da Tim.

“A gente não concorre não, não é problema. A única coisa que incomoda nesse serviço é o mau humor e grosseria das pessoas”, comenta Felipe.

Metros depois, rumo a Barão do Rio Branco, rapazes com pranchetas abordam quem passa pela frente para vender casas.

Três jovens, contratados por empresa que presta serviços para a construtora mexicana Homex fazem o cadastro de interessados em financiamento para encaminhas as propostas e verificar a situação junto a órgãos como Serasa e SPC.

“Ganhamos por cadastro aprovado, é um emprego bom. A gente faz o pré-cadastro, mas muita gente não passa porque 77% do povo em Campo Grande está com nome sujo”, diz Marcelo Oshiro, de 26 anos.

Para quem é contratado tem de ficar na 14 durante praticamente o dia todo, nada incomoda mais do que o calor. “Ficar em pé eu já me acostumei, duro é esse calor infernal”, diz o funcionário de um operadora de celular, Adriano Medeiros.

Pela rua, quase não se vê os ambulantes tradicionais, como vendedores de quinquilharia. Fernando Dutra, de 25 anos, é um dos poucos que ainda se arrisca no trabalho informal, vendendo capas de celular e antenas. “Fico um tempo aqui e depois vou para outro ponto, não dou mole. Não tem concorrência porque o preço é bem baixo”, detalha.

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