ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 24º

Comportamento

Ao som do rap e hip hop, mobilização contra crack ganha as ruas da Capital

Elverson Cardozo | 12/02/2012 21:06

Show beneficente com a banda paulista “Ao Cubo” trouxe animação, fé e esperança

Banda paulista "Ao Cubo" agitou partipantes. (Foto: Marlon Ganassin)
Banda paulista "Ao Cubo" agitou partipantes. (Foto: Marlon Ganassin)

Nem a chuva atrapalhou quem hoje, em pleno final de semana, resolveu adotar a luta contra o crack de frente e como um programa de domingo. Ao som do rap e hip hop gospel e com muita animação, crianças, jovens e adultos prestigiaram um show beneficente que tem um objetivo único: Chamar atenção da sociedade para o vício da droga. Problema que praticamente dominou o Brasil.

Quem estava presente, também estava disposto a encarar a situação com seriedade, amor e compaixão. Obreira da igreja há 16 anos, Sonia Regina da Silva, de 57 anos, já ofereceu apoio a mães desesperadas que, de uma hora para outra, vê o filho no mundo das drogas.

Hoje, vestida com a camisa do evento e feliz por participar da mobilização, a funcionária pública afirma que o trabalho é uma forma de mostrar aos dependentes químicos que há pessoas interessadas em ajudá-los.

"Estou aqui por ele", disse Priscila Araújo, que tem um irmão dependente químico. (Foto: Marlon Ganassin)
"Estou aqui por ele", disse Priscila Araújo, que tem um irmão dependente químico. (Foto: Marlon Ganassin)

“É uma maneira de chamar a atenção, não só da população, mas também das autoridades”, disse, acrescentando que não adianta “mascarar” a situação.

O show, que teve a participação da banda paulista “Ao Cubo”, não atraiu só evangélicos, pelo contrário, quem nunca entrou na igreja, também estava lá, de olhos atentos no palco e nas mensagens transmitidas durante as músicas e encenações teatrais

“Ensina um jeito diferente, de um outra forma”, disse José Diogo, de 21 anos, se referindo à maneira como o problema da droga foi tratado.

Servente de pedreiro, Felipe Rocha Monteiro, de 18 anos, também nunca pisou os pés dentro da igreja. Ele soube do show pela internet e fez questão de ficar próximo ao palco. “É bom para tirar a molecada das drogas”, disse.

“É bom para tirar a molecada das drogas”, diz servente de pedreiro que nunca entrou dentro da igreja. (Foto: Marlon Ganassin)
“É bom para tirar a molecada das drogas”, diz servente de pedreiro que nunca entrou dentro da igreja. (Foto: Marlon Ganassin)

Para Priscila Araújo, de 23 anos, o motivo para apoiar a campanha está dentro da própria casa. O irmão, que hoje tem 25 anos, se entregou ao vício das drogas os 14 anos. “Estou aqui por ele”, disse a jovem que foi acompanhada de vários familiares.

“Eu sei como é minha vida dentro de casa”, relatou Priscila, acrescentando que a fé é uma das soluções para o problema.

Campanha - Promovido pela IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), “Crack, tire essa pedra do seu caminho”, é uma mobilização nacional que chegou a Campo Grande hoje, depois de ter sido lançada em São Paulo (SP) no dia 28 de janeiro. “Quem não é a favor é contra”, diz o slogan da campanha.

Em Mato Grosso do Sul, o evento é por conta da “Força Jovem” coordenada pelo pastor Rui Alves, de 43 anos. O objetivo, explicou, é trabalhar com a consciência pública, em especial com a juventude.

Ação semelhante ocorreu no ano passado. Na ocasião, a campanha era mais abrangente e chamava a população para “driblar” o tráfico de drogas.

Rua Maracaju, entre Pedro Celestino e Rui Barbosa, foi fechada para evento. (Foto: Marlon Ganassin)
Rua Maracaju, entre Pedro Celestino e Rui Barbosa, foi fechada para evento. (Foto: Marlon Ganassin)
Nos siga no Google Notícias