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Comportamento

Em um calor de rachar, uma tradição que não acaba: Tubaína no saquinho

Ângela Kempfer | 10/08/2012 14:50
Proprietária da lanchonete da Calógeras, Lenir Nakasato serve a Tubaína.
Proprietária da lanchonete da Calógeras, Lenir Nakasato serve a Tubaína.
Na Calógeras, o mecânico Weiber Perez, de 24 anos, diz que prefere Tubaína ao guaraná de "grife".
Na Calógeras, o mecânico Weiber Perez, de 24 anos, diz que prefere Tubaína ao guaraná de "grife".

É só bater o sino da escola para uma multidão de adolescentes lotar o barzinho ao lado e sair carregando um saquinho com refrigerante. Não tem cena que lembre mais os tempos de escola que a Tubaína no saquinho, uma marca que já virou substantivo.

Em um calor de agosto, com a umidade lá no pé, é a tradição explícita nas ruas de Campo Grande. “Sempre tomei, desde criança. Na escola, a dona entregava pelo buraco da grade”, conta o auxiliar de escritório Jomar Nogueira, de 21 anos.

No Parque das Nações Indígenas, na entrada principal, o cachorro-quente só sai com Tubaína. “Quase ninguém pede outra coisa”, diz Jorge Oliveira. Para ele, a combinação é perfeita e barata, a fórmula do sucesso.

Na Calógeras, o mecânico Weiber Perez, de 24 anos, diz que prefere Tubaína ao guaraná de "grife" e ensina uma combinação bem estranha, mas também com gosto de escola. “Gosto muito mais de Tubaína. Minha combinação preferida é com paçoquinha”.

Ao longo das ruas centrais, ou na periferia da cidade, a Tubaína no saquinho é a maior pedida em dias de calor, principalmente, perto de um ponto de ônibus. “As pessoas pedem para pode levar, caso o ônibus chegue. É uma tradição de décadas”, lembra a proprietária da lanchonete da Calógeras, Lenir Nakasato.

Sobre a defesa a higiene das latinhas em relação ao saquinho, ela é direta. “Nunca ninguém passou mal depois de beber desse jeito”.

Lenir mostra que o costume mudou um pouco, hoje tem saquinhos personalizados , com a marca do refresco. De resto, tudo continua igual. “Vendo tanto quanto há 9 anos, quando comecei aqui. É bem mais barata”, explica.

Na antiga rodoviária, a funcionária diz o mesmo. “Não dá para competir. Enquanto uma lata de refri custa R$ 2,50, a garrafa de Tubaína sai por R$ 2,00 e tem quase o triplo de refrigerante”.

A garrafa de “605 mls” sai como água no Ponto do Pastel e a dona acha que até a Coca-Cola já se sentiu ameaçada por esse produto super brasileiro. “Acho que lançaram a latinha mini porque estavam perdendo mercado para a Tubaína”, comenta Lenir.

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