ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Comportamento

Deixar o cão em hotel pode ser menos estressante do que levar na viagem

Wendell Reis | 30/12/2011 17:20
Hospedagem em hotem inclui passeio diário e banho no animal a cada cinco dias(Foto: Pedro Peralta)
Hospedagem em hotem inclui passeio diário e banho no animal a cada cinco dias(Foto: Pedro Peralta)

No final de ano a maioria das pessoas costuma viajar para passar as festas fora ou sair de férias. Nessas horas, os preparativos são inúmeros, incluindo reservas de hotel, revisão de carro e vários cuidados que exigem esse tempo fora de casa.

Entre os problemas encontrados, está o cuidado com o animal de estimação. É difícil encaixar o bichinho nos programas, com dificuldades que vão desde o transporte, até o destino final, principalmente quando a família ficará na casa de algum parente. Neste caso, o hotel para animais é a salvação de muitos donos.

Pelo menos duas vezes por ano, de 25 a 30 dias, nas férias do meio e do fim de ano, o militar André Ferreira da Fonseca, 39 anos, recorre aos serviços para deixar a cachorra maltês Cindy em um hotel. Experiente, ele revela que deixar o animal no local é menos estressante para todos.

“O cachorro sofre mais e é pior. Se não tem gaiola, tem que comprar. Nem sempre o destino que vai tem condições de receber ou a pessoa que vai receber gosta de animal. É mais prático e o próprio cachorro se estressa menos”. André já tentou levar a cachorra no avião, mas os diversos empecilhos o fizeram desistir. As dificuldades vão desde o preço, que pode se aproximar de uma passagem comum, até o atestado necessário para garantir o transporte.

André já tentou levar Cindy na viagem, mas percebeu que o transtorno é bem maior(Foto:Pedro Peralta)
André já tentou levar Cindy na viagem, mas percebeu que o transtorno é bem maior(Foto:Pedro Peralta)

Apesar da praticidade encontrada nestes serviços, André recomenda cuidados: “Depende do local. Muitas pessoas oferecem, mas não têm estrutura. Há local que só tem Pet Shop, sem veterinários. Fico tranquilo porque deixo em um lugar onde tem recreador, que sai com ela para passear. Viajo tranquilo porque sei quem são as pessoas que tomam conta dela. Ela já até se acostumou com as pessoas”.

O proprietário da Clínica Veterinária Totó Company, Antônio Carlos de Abreu, conta que a sua clínica já está cheia. Com capacidade para atender até 25 animais, a clínica já está recebendo 20 hóspedes, entre cães pequenos, grandes e médios. “Temos até um pastor alemão. Antigamente eles cuidavam das casas. Agora vem cuidar da clínica para gente”, brinca o veterinário.

Para entrar no estabelecimento, o cachorro ou gato deve estar vacinado, vermifugado e em bom estado de saúde. Caso não esteja em dia com os cuidados, o proprietário deve fazer todos os procedimentos para garantir a hospedagem que custa R$ 15 por dia. Os cuidados incluem passeio com adestrador, que pode tirar alguns vícios do animal, e banho de cinco em cinco dias. Recomenda-se que o dono traga a ração de costume. Porém, caso isso não aconteça, a inclusão da alimentação custa mais R$ 5.

O veterinário confidencia que a casa é o melhor local para deixar o animal. Porém, há casos extremos, onde o proprietário não tem ninguém para tomar conta e precisa do hotel. Apesar de bem tratados, alguns animais sentem falta do dono, principalmente quando ficam nos hotéis pela primeira vez. Em casos extremos, ocorre depressão e até automutilações. Neste caso, a clínica faz a medicação necessária, mas o dono deve arcar com as despesas.

A clínica já recebeu outros animais, como hamster e porquinho-da-índia. Mas, deixou de hospedar por conta do transtorno causado para os cães por conta do barulho, já que o hamster tem hábito noturno e cheiro característico, que atiça o faro dos animais, principalmente de gatos, estimulando o extinto caçador.

Nos siga no Google Notícias