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Comportamento

Nem ex-jogador nem político: Romário diz participar de inauguração como pai

Paula Maciulevicius e Viviane Oliveira | 15/06/2012 17:27

Já incorporando o discurso político, Romário disse que se candidatou para dar voz às crianças com síndrome

Ao receber o convite, durante a apresentação da banda Down Rítmica, em Brasília, Romário disse que não pensou duas vezes. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Ao receber o convite, durante a apresentação da banda Down Rítmica, em Brasília, Romário disse que não pensou duas vezes. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Nem como ídolo, ex-jogador ou político. Romário afirmou que participava da inauguração da quadra da escola Juliano Varela na tarde desta sexta-feira, em Campo Grande como pai de uma menina de 7 anos que tem a síndrome de Down.

Ao receber o convite, durante a apresentação da banda Down Rítmica, em Brasília, ele disse que não pensou duas vezes e que viria mesmo sem ter outro compromisso na agenda. Ainda esta noite ele participa da Convenção do Rotary, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo.

Já sem o paletó, mas de calça e camisa social, uniforme que adotou após pendurar as chuteiras e ser eleito deputado federal, Romário chegou e permaneceu de óculos escuros, porque passou recentemente por uma cirurgia nos olhos.

Incorporando o discurso político, Romário ressaltou que entrou nessa pela filha. “Resolvi fazer alguma coisa pelas pessoas com síndrome. As crianças podem ter certeza que tem uma voz que fala por elas, braços que brigam e olhos sempre atentos”.

A vinda é pela inauguração da quadra Maykon Avelino dos Santos, nome dado em homenagem a um ex-aluno da Juliano Varela, que morreu em maio de 2011, depois de passar a infância toda pelos pátios da escola.

A quadra foi construída onde a direção quer erguer a escola, na avenida Marquês de Pombal. O prédio onde funciona hoje, na Via Morena, é alugado. Com a vinda de Romário, a fundadora Malu Fernandes acredita que pode ter mais apoio para realizar o sonho da estrutura própria.

“Vamos precisar da solidariedade das pessoas, empresários e quem acredita no trabalho da escola”, declara.

A inauguração de hoje, na visão da fundadora é a conquista de 20 anos de trabalho. “Essa escola é um sonho de muita gente, a quadra vai beneficiar os nossos alunos”, completou.

Uma das contempladas pelo sonho é a família de Cecília da Cruz, 48 anos. A dona de casa tem cinco filhos, um deles é Pedro Otávio, 9 anos, que tem a síndrome e frequenta o Juliano Varela desde os três meses de idade. “A escola é um sonho para ele. Graças aos psicólogos e fonoaudiólogos ele está na terceira série”, comemora a mãe.

“Os funcionários são uma obra de Deus, porque eles ajudam as pessoas na hora que mais precisam, que é quando descobre que seu filho tem síndrome e você não sabe o que fazer”, completa a mãe.

Quem soube recentemente como o mundo seria visto pela filha é a também dona de casa, Elizabete Lopes Neves, 43 anos. Mãe de Ana Clara de apenas 5 meses, a criança é levada desde cedo na instituição para estímulo precoce.

“Depois que ela passou a frequentar a escola, eu vi que as crianças podem ter vida normal”.

Pedro Otávio com a mãe Cecília. Os dois são exemplos de quem vê a escola como um sonho. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Pedro Otávio com a mãe Cecília. Os dois são exemplos de quem vê a escola como um sonho. (Foto: Rodrigo Pazinato)
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