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Consumo

Antes do casamento, noivas posam com pouca roupa para o presente de Lua de Mel

Paula Maciulevicius | 19/09/2014 06:50
As fotografias revelam um ar ousado que as noivas nem sabiam que tinham. (Foto: Pedro Wendel)
As fotografias revelam um ar ousado que as noivas nem sabiam que tinham. (Foto: Pedro Wendel)

Despidas de roupas, carregadas de sensualidade. As fotografias revelam um ar ousado que as noivas nem sabiam que tinham. Antes do véu e grinalda e do "sim" no altar, uma sessão de fotos diferenciada tem sido opção das mulheres que aceitam o ensaio "boudoir", com fotos picantes que depois serão entregues ao futuro marido na Lua de Mel. 

"Boudoir" vem do francês e remete ao quarto de vestir, lugar íntimo onde as mulheres descansavam, se trocavam e apertavam o corselet. Claro que o trabalho requer cuidado para que o sexy não deslize e caia no vulgar e vai também muito do profissional, afinal, é quem está por trás das lentes que vai conduzir o ensaio de forma que a noiva se solte e fique mais à vontade.

Uma das noivas que venceu o receio de se expor e gostou do resultado é uma profissional da área de saúde. Pela sensualidade das fotos e também pelo registro ser um presente para o futuro marido, ela prefere não se identificar. Aos 29 anos, foi ao fechar o contrato para a fotografia do casamento que ela conheceu o ensaio boudoir, como o fotógrafo Pedro Wendel.

"Boudoir" vem do francês e remete ao quarto de vestir, lugar íntimo onde as mulheres se trocavam. (Foto: Pedro Wendel)
"Boudoir" vem do francês e remete ao quarto de vestir, lugar íntimo onde as mulheres se trocavam. (Foto: Pedro Wendel)

"No começo fiquei bem reticente, a vontade de fazer era grande, mas eu tinha muita vergonha. Meu medo era se não ia ficar uma coisa meio vulgar", conta. Ao trocar ideia de cenários com o fotógrafo, ela se identificou nos gostos. "Foi uma coisa bem conversada com o meu noivo. Não é todo homem que aceita porque é uma coisa muito íntima", completa.

O local escolhido foi a Casa Park, na região do Parque dos Poderes, em Campo Grande. O lugar é conhecido por proporcionar belas imagens em cerimônias de casamento, dentro e fora da mansão.

Um dia antes da data do ensaio, a noiva até pensou em desistir, mas como a sessão envolve toda uma equipe de produção, não tinha como voltar atrás. "Quando começou, eu vi que era tão tranquilo, tão profissional. Fiquei super à vontade", pontua. Já fazer de lingerie é bastante ousado, nu então, é pra lá disso. A noiva só tirou o sutiã, mas manteve a parte de baixo.

Ao ver as fotos que resultaram do ensaio de 8h, ela quase não se reconheceu. "Nem acredito que sou eu, não achei que fosse ficar tão legal".

A proposta do ensaio boudoir é um dos trabalhos do fotógrafo especializado em casamentos, Pedro Wendel. Da forma como ele é feito, voltado para noivas e ao ar livre, fugindo do estúdio, Pedro sustenta que é o único em Campo Grande a agregar essa modalidade.

Os pacotes podem envolver ou não o nu. (Foto: Pedro Wendel)
Os pacotes podem envolver ou não o nu. (Foto: Pedro Wendel)

Jovem, o rapaz tem 29 anos e até pouco tempo atrás ainda conciliava a fotografia com a carreira de analista tributário. Há seis anos fotografando, a atenção se voltou para as lentes depois da frustração que foi receber o álbum do próprio casamento.

Para trazer o ensaio sensual para o Estado ele se inspirou na fotógrafa Christa Meola, especializada neste segmento. "A fotografia boudoir pode ser feita tanto em noivas como qualquer mulher. Como trabalho com casamentos, trouxe isso para o universo de noivas", explica.

Por aqui as fotos estão sendo feitas desde janeiro e já reuniram cinco noivas. "O campo-grandense ainda é bem fechado para algumas coisas, mas as mulheres têm ficado um pouco mais abertas quando veem o resultado e que os maridos e companheiros gostam muito". Uma das sessões, um cônjuge até chegou a participar da produção dando palpites sobre qual lingerie a mulher usaria.

Os pacotes podem envolver ou não o nu. As sessões vão de 3h até 8h de ensaio e o valor inclui a produção de cabelo e maquiagem e acessórios como brincos, colares, aneis e pulseiras. O local é uma escolha principalmente da modelo, devido ao perfil de cada uma e para que se sintam o mais à vontade possível.

"A gente procura fazer em uma casa, ou de repente em um hotel fazenda, desde que a mulher tenha uma simpatia e se sinta à vontade", explica. Aqui na Capital os locais têm sido casas rurais ou sítios e chácaras da própria noiva. Só é preciso ter liberdade para que o fotógrafo consiga trabalhar tranquilamente sem tumulto de gente passando.

Quanto às roupas, Pedro Wendel também opina na cor e modelo das lingeries e oferece a parceria com a marca Valisère. "Algumas noivas gostam de trazer para o ensaio o que usam no dia a dia, outras gostam de criar um personagem, porque elas não querem parecer elas mesmas no ensaio", comenta.

Para evitar surpresas, o fotógrafo realiza uma reunião antes para ouvir o que a cliente gosta de fazer, as preferências na vida pessoal e também definir um perfil. "Durante o ensaio eu deixo tocando uma trilha sonora, exatamente com o ritmo e as músicas que ela gosta de ouvir. Isso é fundamental para o ensaio rolar bem". Às vezes até champanhe rola na sessão.

Os ensaios podem variar de R$ 1,8 mil até R$ 5 mil dependendo da escolha da cliente e as fotos podem inclusive virar livro.

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