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Consumo

Bandas novas em formato antigo; novas gravações em vinil chegam a Campo Grande

Anny Malagolini | 19/09/2012 10:22
Na Livraria Leitura, vendedor mostra LP da Pitty, uma das artistas da nova geração que lançou trabalho em vinil. (Fotos: Rodrigo Pazinato)
Na Livraria Leitura, vendedor mostra LP da Pitty, uma das artistas da nova geração que lançou trabalho em vinil. (Fotos: Rodrigo Pazinato)

Com tanta tecnologia na indústria fonográfica, há anos artistas brasileiros estão fazendo o caminho inverso e voltando ao tempo do vinil. Mas até então só era possível comprar os discos pela internet.

Agora, as vitrines de Campo Grande também têm discografias completas em vinil, de bandas atuais, como a do Los Hermanos. Agora é só arrumar uma vitrola.

Na Livraria Leitura, também há LPs da roqueira Pitty, de Ana Carolina e da banda Matanza, além de clássicos relançados pela única indústria a prensar vinil hoje na América Latina, a Polysom, do Rio de Janeiro.

Os discos do Tom Zé e Titãs, lançados nas décadas de 70 e 80 respectivamente, agora também foram relançados em LP e estão na relação da Leitura.

A caixa com os quatro discos e mais o álbum “Ao Vivo na Fundição” do Los Hermanos, por exemplo, custa R$ 469,90. Como todos os novos lançamentos, os LPs são de 180 gramas, o que significa prensagem premium de alta qualidade.

São três discos duplos (“Bloco do Eu Sozinho”, “Ventura” e “Ao Vivo na Fundição”) e dois simples (“Los Hermanos” e “4”).

Já o de Ana Carolina sai por R$ 72,90. Depois de 10 anos de carreira, essa é a primeira vez que a cantora e compositora lança um trabalho no formato vinil e só conseguiu graças a um licenciamento da gravadora Sony Music e do selo Armazém para a fábrica Polysom.

O vendedor Pietro Luigi, 36 anos, é colecionador de vinil, e tem 1.5 mil só de rock. “Eu consegui contar até esse número, depois larguei mão”.

Apesar da novidade ser gente nova gravando no formato antigo, ele diz que na loja os discos mais procurados são da banda Mutantes, porque são raros. É mais fácil encontrar no exterior do que no Brasil.

O rapaz gosta do formato, principalmente, por conta das raridades. Uma de suas preciosidades é um disco do Chico Buarque, “Calabar”, que foi recolhido na década de 70 por conta da ditadura militar. Um dia, andando pelas ruas do Méier, bairro do Rio Janeiro, um rapaz estava vendendo discos na calçada em uma caixa. “Foi aí que encontrei esse disco. E o melhor, levei ele por apenas R$ 1,00”.

Com a prensagem de mais vinis, as raridades, itens de colecionador, poderão se tornar “possíveis”, avalia Pietro.

O exemplo é um LP do cantor e compositor Jards Macalé, item considerado raro, vendido por R$ 300,00 normalmente e que agora pode é vendido por 72,90.

Há 2 meses, o Lado B fez uma pesquisa pelas lojas especializadas e nenhuma vendia LPs. Agora a exceção é a Leitura. Se você sabe de outro local com LPs da nova geração, avise.

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