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Consumo

Cachês dos galãs mais cobiçados para as festas em MS vão de 20 mil a 140 mil

Elverson Cardozo | 28/05/2014 07:00
Ana Célia e Guilherme durante festa em Jardim. (Foto: Kátia Pinheiro)
Ana Célia e Guilherme durante festa em Jardim. (Foto: Kátia Pinheiro)

Ter um galã de novela para dançar a valsa na festa de 15 anos é o sonho de muitas garotas, mas poucas conseguem por o plano em prática, até porque isso exige dinheiro.

"É um investimento alto porque o sonho de toda adolescente também é gigante, elas têm aquilo de querer achar um príncipe", comenta Rusvania Jacques. Em fevereiro deste ano, ela e o esposo trouxeram o ator Guilherme Leicam, que viveu o Laerte jovem da novela “Em Família”, para a festa de 15 anos da filha Ana Célia, em Jardim. Ela não fala quanto pagou, mas garante não ter sido o item mais caro na festa que reuniu cerca de 500 pessoas. No ano passado, a cachê divulgado do moço ficava em cerca de R$ 20 mil.

Apesar de toda a euforia da filha, a mãe se deparou com uma situação contraditória. "Ele acabou roubando a cena. Ela que deveria ser a estrela, mas todo mundo queria tirar foto dele. O contrato era para 2 horas, mas o Guilherme é um fofo e acabou ficando bem mais. Durante o tempo que esteve no salão, foi um tumulto", conta.

Um bonitão que sempre está em evidência na TV, cobra, em média, de R$ 30 mil a mais de R$ 140 mil para fazer presença VIP, dar alguns passinhos com a debutante e causar frisson entre os convidados.

A atração, no entanto, costuma durar pouco tempo, afirma o cerimonialista Antônio Osmanio, 44 anos, que atua neste segmento em Campo Grande. Geralmente os artistas permanecem na festa por 2h, 2h30, tempo suficiente, dizem as mais encantadas, para fazer moral com as amigas e, claro, tornar o momento inesquecível.

Atualmente, os mais requisitados pelas garotas sul-mato-grossenses, conta, tem sido os atores Caio Castro e Cauã Reymond, cujos cachês chegam a R$ 105 mil. “O cliente paga a presença dele, hospedagem, acomodação, alimentação e transporte. Eles vem, ficam na festa, dançam com a menina e vão embora no tempo certo. São assim a maior parte dos contratos”, afirma, ao comentar que nunca trouxe um global à cidade, mas sempre recebe pedidos de orçamentos. "Quando elas sabem o preço quase caem para trás", brinca.

Os galãs são “caros” porque estão em evidência e na mira da mídia. O ex-marido de Grazi Massafera, por exemplo, está no seriado “O Caçador”, na Rede Globo. Caio Castro acabou de fazer uma novela em que viveu Michel, médico cafajeste, que protagonizou cenas quentes com Patrícia (Maria Casadevall).

Mas R$ 105 mil é até barato perto do valor cobrado pelo cantor sul-mato-grossense Luan Santana, um dos mais procurados, diz o cerimonialista. “Deve estar cobrando, agora, uns R$ 140 mil. É porque ele abre mão de um show para vir”, explica.

Caio Castro com  a debutante Thais de Lima, de São Paulo. (Foto: Bruno Poletti/Folhapress)
Caio Castro com a debutante Thais de Lima, de São Paulo. (Foto: Bruno Poletti/Folhapress)

Alternativas - Mas há “príncipes” mais em conta. Ex-BBB que acaba de sair do programa custa o preço de um carro popular, mas a baixa audiência do reality tem obrigado, de uns anos para cá, algumas negociações.

O médico veterinário Fael, morador de Aral Moreira, vencedor do BBB 12, saiu da casa cobrando R$ 15 mil, mas fechava por R$ 8 mil. A alternativa para quem busca um famoso, mas não quer pagar tão caro e nem se reder aos “brothers”, são os artistas que, de certa forma, caíram no esquecimento.

Dias desses Antônio trouxe a banda Restart, pelo cachê de R$ 40 mil, para um aniversário no interior do Estado. Um grupo cover dos Rebeldes, que também já esteve em Mato Grosso do Sul para a mesma função, cobra o mesmo. “Os meninos da Malhação são mais baratos, uns R$ 30 mil”, conta.

Em Campo Grande, comenta Antônio, os clientes preferem contratar atrações locais. A “cultura das presenças VIPs”, que encarece o evento, é mais comum no interior e parte de famílias mais abastadas.

A cerimonialista Patrícia Faracco é outra que costuma organizar festas de alto padrão e sempre recebe pedidos para cotar a presença dos famosos. As debutantes, conta, querem uma atração diferente na festa, mas, normalmente, os pais não conseguem bancar um global porque o valor é muito alto. "Eu nunca nem trouxe o Caio Castro", afirma.

A alternativa, em Campo Grande, diz ela, tem sido as apresentações de duplas sertanejas que estão fazendo sucesso no circuito regional. Bruninho e David são exemplos. "Fiz um aniversário na semana passada e eles estavam. É a moda agora e as meninas gostam muito", ressalta, ao comentar que os cantores são chamados, inclusive, para casamentos.

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