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Consumo

Com cadeiras da década de 20, barbearia tem pegada retrô, cerveja e videogame

Paula Maciulevicius | 28/04/2015 06:37
Até no estilo de se apresentar, barbeiro Maurício é retrô. (Foto: Fernando Antunes)
Até no estilo de se apresentar, barbeiro Maurício é retrô. (Foto: Fernando Antunes)

No estilo retrô desde o piso até o visual dos donos, uma barbearia abriu as portas em Campo Grande com a ideia de voltar no tempo e fazer com que cuidar da barba e cabelo fosse mais do que obrigação. Com cadeiras das décadas de 1920 e 1930, os clientes têm os serviços de corte e barba, além de uma gama de produtos para dar volume aos fios, videogame e cerveja.

Barbeiro há 9 anos, Maurício Monteiro, seguiu a mesma profissão do pai, que depois de duas décadas trocou a barbearia pelo Direito, mas ensinou o caminho ao filho. Maurício e o sócio Thiago, abriram a barbearia "A Banca", na Rua Amazonas, há quase dois meses. 

"O que a gente queria passar era mais conforto na área masculina. O homem andava meio esquecido e queríamos fazer com que o corte de cabelo deixasse de ser uma obrigação para se tonar diversão", explica Maurício, de 28 anos.

Toalha quente serve para abrir os poros. (Foto: Fernando Antunes)
Toalha quente serve para abrir os poros. (Foto: Fernando Antunes)
Lâmina modela e também deixa barba mais rente. (Foto: Fernando Antunes)
Lâmina modela e também deixa barba mais rente. (Foto: Fernando Antunes)
Barbearia atende sem hora marcada, mas é bom dar uma ligadinha e conferir lista por ordem de chegada. (Foto: Fernando Antunes)
Barbearia atende sem hora marcada, mas é bom dar uma ligadinha e conferir lista por ordem de chegada. (Foto: Fernando Antunes)

Em dois meses de planejamento e execução da obra, o projeto do arquiteto Alex Freitas, transformou o salão comercial em uma barbearia retrô. As molduras dos espelhos antigas, a bancada de madeira e até a porta de Velho Oeste parecem ter sido trazidas do passado, assim como o piso em preto e branco e o som ambiente, que só toca jazz, blues e os clássicos do rock americano.

"O barbeiro é uma profissão antiga e que foi esquecida. Aquilo de ir até a barbearia, usar toalha quente, fazer barba com lâmina. Tem todo um cuidado para não encravar, por isso a gente usa toalha quente, que abre os poros, tem menos risco de ter sangramento. E na lâmina, a barba fica desenhada, mais rente, coisa que o barbeador não faz", exemplifica o barbeiro.

O nome "A Banca" ficou da ideia inicial, de abrir a barbearia dentro de uma banca de jornal. As conversas com donos de uma até começaram bem, mas não deram certo e o nome permaneceu.

Depois do corte, cabelo é lavado e também escovado. (Foto: Fernando Antunes)
Depois do corte, cabelo é lavado e também escovado. (Foto: Fernando Antunes)
Espaço foi projetado brincando entre retrô e Velho Oeste. (Foto: Fernando Antunes)
Espaço foi projetado brincando entre retrô e Velho Oeste. (Foto: Fernando Antunes)
Os sócios Thiago e Maurício e o aprendiz de barbeiro, Matheus. (Foto: Fernando Antunes)
Os sócios Thiago e Maurício e o aprendiz de barbeiro, Matheus. (Foto: Fernando Antunes)

A barbearia atendia, até então, sem hora marcada, mas é bom dar uma ligadinha e ver se a lista por ordem de chegada está grande. Quando os clientes chegam, os proprietários explicam que a primeira coisa a se fazer é identificar o serviço, se será corte e barba, ou apenas um dos dois. Se for barba, a toalha logo é posta para esquentar, se for corte, também há a possibilidade do cliente ter trazido uma foto de como quer ficar. "Tem homem que traz foto sim, estão mais vaidoso do que as mulheres", completa Maurício.

Na onda dos cortes retrô, tanto Thiago como Maurício usam o cabelo raspadinho na lateral e um topete modelado à cera. Corte e barba saem R$ 25,00 cada.

O sócio, Thiago Doneda, de 26 anos, é administrador, mas com o tempo veio aprendendo um pouco do ramo. "Eu costumo falar que o homem para ter cabelo bonito ele cuida como toda mulher, passa cera, pomada para dar volume. Escova, tem que cuidar", comenta.

Com cadeiras das décadas de 1920 e 1930, os clientes tem os serviços de corte e barba. (Foto: Fernando Antunes)
Com cadeiras das décadas de 1920 e 1930, os clientes tem os serviços de corte e barba. (Foto: Fernando Antunes)

Com videogame liberado e cervejas a serem vendidas, já tem quem vá só para conversar. Entre os mimos oferecidos aos clientes, a barbearia também tem revistas masculinas. "O resultado tem sido bastante positivo, os clientes gostaram da ideia do modo antigo. E a gente investiu não só em estrutura, mas o Maurício tem ido fazer workshops fora também", completa Thiago.

A barbearia conta com a ajuda do aprendiz de barbeiro Matheus Cesco, de 19 anos e também está se aventurando no meio das produções. Com a proposta voltada ao meio alternativo, eles trazem no próximo dia 16 de maio, Síntese e Costa Gold, grandes nomes do rap, para o Rota Acústica. A ideia é 'casar' a barbearia com as produções de rap na Capital. No Facebook estão os detalhes do evento.

"A Banca" abre de terça a domingo. Durante a semana, das 9h às 12h e das 13h às 20h, aos sábados das 9h às 12h e das 13h às 17h e no domingo, das 16h às 20h. A barbearia fica na Rua Amazonas, 1.777 e o telefone de contato é o: 9164-7027.

Com videogame, tem cliente que vai para jogar, como os que aparecem no reflexo. (Foto: Fernando Antunes)
Com videogame, tem cliente que vai para jogar, como os que aparecem no reflexo. (Foto: Fernando Antunes)
"A Banca" : nome ficou da ideia inicial, de abrir barbearia em banca de jornal. (Foto: Fernando Antunes)
"A Banca" : nome ficou da ideia inicial, de abrir barbearia em banca de jornal. (Foto: Fernando Antunes)
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