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Consumo

Desapego, a filosofia para se livrar de peças no Facebook

Anny Malagolini | 16/10/2012 10:18
Sai com fenda, um hit do verão já à venda no facebook.
Sai com fenda, um hit do verão já à venda no facebook.
Até vestido de noiva é vendido.
Até vestido de noiva é vendido.

O Facebook é ambiente para tudo, inclusive para os consumistas pregarem o desapego e darem cabo às peças que já não têm serventia.

No caso da advogada Daniele Hass, de 30 anos, a paixão pela moda a transformou em fashionista e assim o guarda-roupa aumentou muito. Só de sapatos, a advogada coleciona mais de 90 pares.

“Eu sempre gostei de moda, sou antenada nas tendências e chego a ler 15 blogs do gênero por dia”, justifica.

Daniele criou o Desapego do Closet da Dani Hass, leva o nome dela porque no Brasil já há bastante "Desapego do Closet". Foi batizado assim para tirar a imagem de que peças fora de moda e velhas. “As pessoas imaginam brechó como coisa muito usada”, explica.

Pelas fotos postadas, os “desapegos” de Dani ainda estão bem na moda. São novos ou seminovos. Há peças com etiquetas e, claro, tudo de grife, autêntico, como Calvin Klein, Diesel, Juliana Jabour, com 80% de desconto. De sapato, óculos, até vestido de noiva.

“Uma bolsa da Gucci que paguei R$ 2 mil, estou vendendo por 600 reais”, cita. O vestido de festa, igual ao usado algum dia pela atriz Giovanna Antoneli, sai por R$ 350,00.

Como as amigas enlouqueciam com as roupas de Daniele, primeiro ela abriu o perfil no Facebook com dez colegas. “Mas em 20 dias, mais de 400 pessoas nos adicionaram”, conta.

O “atendimento” é em domicílio. ”Eu levo a mala até a casa da pessoa e no dia seguinte eu pego a mala. Muitas são amigas das amigas. Expandiu tanto que muitas eu não conheço pessoalmente”.

O negócio deu tão certo que para 2013 os planos já estão engatilhados. “Agora já querem o desapego masculino. Mais isso só para o ano que vem”.

Peças do Desapego Online.
Peças do Desapego Online.

A versão um pouco mais barata do brechó virtual aqui em Campo Grande é o Desapego Online, da turismóloga Simone da Silva Figueiredo, 27 anos.

O motivo para colocar as roupas à venda é sempre o mesmo. “Sou consumista”.

A princípio, a aceitação não era das melhores, porque “as pessoas não sabiam se podiam comprar roupa legal porque é usada”, lembra Simone.

Hoje, ela vende várias marcas, desde roupas de lojas de departamento a Calvin Klein e Victor Hugo.

O brechó foi aberto em março e tem camisetas de R$ 30, R$ 40, vestidos a partir de R$ 100,00.  “Eu revendia apenas as minhas peças, mas a procura foi aumentando e resolvi abrir na internet como uma forma de intercâmbio entre vendedor e cliente”.

O espaço se tornou uma fonte de renda para Simone e a porta de entrada para o consumo das amigas.

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