Estúdio tem tatuadores de SP e sobrinho do precursor Johnny Tattoo
Diferente de estar em galeria, o anúncio do estúdio de tatuagem está ao alcance de quem passa na rua. Aberto há pouco menos de um mês, em parceria com tatuadores de São Paulo, o Long Sleeve Tattoo CG traz o conceito de 'street shop' para Campo Grande. A loja voltada para a rua tem entre os tatuadores o sobrinho de Johnny Tattoo, um dos precursores da tatuagem na Capital, assassinado em 2008.
Entre quadros com ilustrações de tatuagens e decoração colorida, o estúdio em plena 14 de Julho, entre as ruas 7 de Setembro e 15 de Novembro, quer atrair quem conhece muito, pouco, ou nada da arte. "A gente optou pela loja de rua para chamar clientes curiosos que passam na rua e às vezes não entendem muito de tatuagem... Eles entram e a gente vai esclarecendo", explica o piercing Jan Grégory, de 23 anos.
Nascido em Nova Andradina, ele acumula três anos de experiência em estúdios da Capital com aplicação de piercing. "No nariz, umbigo, genital e entre modificações mais avançadas de alargamento de orelha", enumera os trabalhos. A intenção, da parte dele, é também trazer eventos voltados para o estilo na tentativa de desmistificar um pouco os olhos em cima do piercing.
Tatuador há 17 anos, André Peralta explica que a ideia do estúdio é de atender o público e mostrar um trabalho diferenciado. "No sentido de oferecer um desenho exclusivo e elaborado para os clientes de rua", Peralta Tattoo, como é conhecido, tem 37 anos, nascido aqui, ele já passou por estúdios de Nova Iorque e Chicago.
O intercâmbio entre tatuadores daqui e de São Paulo nasceu da amizade que eles mantém entre si. "A gente uniu para que eles possam vir aqui também tatuar". O estúdio, que leva o nome "Long Sleeve Tattoo" existe na capital paulista desde 2007.
Por estarem entre cinco tatuadores, sendo três fixos e dois do estúdio paulista, eles se propõem a atender de segunda a segunda, das 9h às 21h, com diferenças de horário aos feriados. Os trabalhos seguem as mais variadas linhas, entre a tradicional americana e tradicional japonesa. "Queremos trazer exposições também, isso vai mudar bastante a cara da tatuagem, essa oportunidade de conhecer outros artistas", resume Peralta.
Sobrinho de Johnny Tattoo, Fernando Toshio, tem 29 anos e 7 como tatuador. Influenciado pelo tio, ainda garoto ele demorou a encarar a tatuagem como profissão e quando interpretou o trabalho como arte, recebeu o convite de Johnny. "No dia que ele morreu, ele tinha me chamado para trabalhar com ele, porque estava precisando de auxiliar", comenta.
O estúdio aberto e atrativo para quem passa pela 14 é, na opinião dele, reflexo da evolução que a tatuagem demonstra. "Aumentou a demanda e o preconceito diminuiu. É o momento de levar pra rua o mundo da tatuagem", afirma Fernando.
Para fechar o ciclo entre os campo-grandenses, Madson Gerbaudo, de 31 anos, conhecido como Juma Tatuero, é tatuador há 14 anos, foi pela volta dele da Europa que surgiu, entre conversas com os amigos tatuadores daqui, a ideia do Long Sleev em Campo Grande. "Hoje em dia a tatuagem vem superando o preconceito. Ter tatuagem não interfere no serviço, com 'manga longa', se trabalha, as pessoas já estão mais abertas", resume.
Além do trio da Capital, integram o estúdio os tatuadores Junior Gorpo e Ranho, o Fabiano Franzon. O atendimento é com hora marcada e eles também aceitam cartões e parcelam para os trabalhos acima de R$ 200. O Long Sleev fica na 14 de julho n° 1647. O telefone é o: 3029-9740. Os trabalhos também estão no Facebook e no Instagram.
Algumas das tatuagens e piercings dos meninos estão aqui:
