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Diversão

Acrissul mostra pesquisa e diz que moradores apoiam Expogrande mesmo com barulho

Fabiano Arruda | 12/03/2012 11:37
Presidente da entidade, Francisco Maia, garante que associação providenciou licenças ambientais, mas faltou bom senso. (Foto: Fabiano Arruda)
Presidente da entidade, Francisco Maia, garante que associação providenciou licenças ambientais, mas faltou bom senso. (Foto: Fabiano Arruda)

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, apresentou, em entrevista na manhã desta segunda-feira na sede da entidade, pesquisa que mostra que 82% da população que reside no entorno do Parque de Exposições Laucídio Coelho aprova a realização da Expogrande neste ano. Ele anunciou que o evento este ano será realizado apenas com as feiras agropecuárias, sem atrações musicais.

Segundo Maia, o levantamento ouviu cerca de 400 pessoas e o resultado contraria o ponto central do imbróglio que envolve a realização do evento, que é o barulho que incomoda os moradores e foi motivo de ação.

Durante a entrevista, o presidente da Acrissul fez críticas à Prefeitura de Campo Grande e afirmou que faltou “bom senso” para que o imbróglio fosse resolvido. Admitiu ainda que a ameaça em não realizar a Expogrande sem shows fazia parte de manobra na esperança de que o quadro fosse revertido.

Ele garantiu que, em agosto do ano passado, a associação providenciou o licenciamento ambiental para esgotamento e galeria pluviais, que foi aprovado na Prefeitura graças à intervenção do governador André Puccinelli (PMDB).

Em relação a outra licença, a acústica, principal exigência para realização dos shows, Maia citou exemplo do Jockey Clube para explicar. Segundo ele, o local também não tem a mesma licença para os shows.

“TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) é história para boi dormir”, disparou, mencionando o acordo firmado no ano passado para a realização da Expogrande, que disciplinou horário da apresentação das atrações musicais. “Fomos forçados a assinar o TAC com a faca no pescoço”.

Local para shows no Parque de Exposições vazio, cena totalmente contrária ao "tumulto" típico em shows realizados dentro de edições anteriores da Expogrande. (Foto: Fabiano Arruda)
Local para shows no Parque de Exposições vazio, cena totalmente contrária ao "tumulto" típico em shows realizados dentro de edições anteriores da Expogrande. (Foto: Fabiano Arruda)

“Um estudo computadorizado que simula o isolamento acústico liberou a realização de show no Jockey. O mesmo estudo apresentamos para a Prefeitura, mas a licença não foi concedida”, argumentou, sem dizer o motivo da reprovação. “Isto deve ser perguntado para o prefeito”, criticou.

Maia ainda disse que não será o fim dos shows na Expogrande e que espera do próximo prefeito a boa vontade e apoio à classe produtora, já que, segundo ele, a feira agropecuária já conta com 48 leilões agendados, mas “sem a cereja do bolo”. “Quem perde é a cidade”, pontuou.

O presidente da Acrissul ainda assegurou não ter nada contra as decisões judiciais, porém, sinalizou que vai esgotar as possibilidades jurídicas em todas as instâncias para a manutenção dos shows, entretanto, demonstrando pessimismo por decisões favoráveis.

Ele também ressaltou que, desde o início de sua gestão à frente da entidade, acabou com o Moto Road e pôs fim a atividade de bares no parque em respeito aos moradores.

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