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Diversão

Afonso Pena em crise? Real Botequim fecha, Bodega e outros 2 bares estão à venda

Ângela Kempfer | 04/09/2013 06:04
Bar fechou esta semana na Afonso Pena.
Bar fechou esta semana na Afonso Pena.

Um ano e meio depois de inaugurar com o gosto pernambucano nos altos da Afonso Pena, o Real Botequim fecha as portas. A casa encerrou o contrato com os funcionários e boa parte deve retornar a Recife (PE). Domingo foi o último dia de bar movimentado.

O gerente em Campo Grande, Rafael de Oliveira, é um dos que voltará para a terra natal, mas fala pouco sobre o fechamento. “Foi uma decisão da matriz”, resume.

Segundo ele, apesar de todos os empregados terem sido dispensados, é política do Real Botequim mudar de endereço e reabrir na mesma cidade com outra cara, repaginado. Mas não há qualquer previsão de reinauguração referente a Campo Grande.

Nascido no Recife, o bar abriu a quinta filial do País aqui na cidade em 2012. O espaço tinha música ao vivo nos fins de semana e trabalhava com comida típica de boteco. Se instalou com estrutura das grandes, arquitetura de bares cariocas da década de 60 e mais de 20 garçons.

Antes de decidir por Campo Grande, o proprietário da rede, Adeildo Adrião pensou em abrir em Uberlândia de Minas Gerais, mas decidiu pela capital sul-mato-grossense pela falta de um ambiente parecido por aqui. Hoje, o Lado B voltou a procurar o empresário que pediu um tempo para responder sobre o assunto, mas não retornou conforme combinado.

À venda - O fechamento tão rápido deixou empresários surpresos. “Jura? Nem sabia”, questiona o dono do Bodega, Antônio Meneguini, que também colocou o bar à venda na Afonso Pena.

É outra casa noturna da cidade que caminha para fechar ou mudar o conceito. Antes bar com mesas na calçada, o local virou “balada noturna” o que aumentou os custos e derrubou os lucros, diz o dono. “Ficou insustentável. Temos público de balada, o que custa muito mais porque contratar shows bons é caro”.

A venda foi anunciada e caso não apareça qualquer interessado, o ponto deve virar restaurante ainda este ano. “Uma pessoa diz que vai vir ver o local na próxima semana, mas se não der certo, vamos servir comida”, confirma.

O Lado B apurou que pelo menos 3 empresas de entretenimento tradicionais estão à venda na Afonso Pena, por valores que variam de R$ 350 mil a R$ 1,5 milhão.

Há cerca de 10 anos, a avenida passou a ser um dos pontos de concentração da vida noturna na cidade. Mas por conta de denúncias sobre som alto, os empresários passaram a enfrentar dificuldades. "Mas não é só isso, também enfrentamos uma crise de consumo no Brasil", lembra Meneguini.

Dura fiscalização - Os donos do Miça Bar também estariam a procura de interessados em fazer negócio na marca. O local chegou a ser fechado em março deste ano por conta da música ao vivo. A Polícia Civil e a Semadur (Secretária Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) interditaram a casa por falta de análise de “ondas de som”, procedimento para verificar emissão de ruídos.

Para liberação, os proprietários investiram R$ 130 mil em obras de acústica. A casa abriu em 2008 com o conceito do happy hour e música ao vivo, mas, desde o ano passado, o que era bar agora parece mais uma casa noturna. Hoje só abre sextas e sábados com eventos esporádicos.

O proprietário Carlos Roledo Júnior foi procurado para falar sobre a possibilidade de venda, mas não atendeu o celular. Porém, em entrevista recente ao Lado B já havia dito que realmente pensava em desistir do ponto na Afonso Pena.

 

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