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Diversão

As desilusões e lindas descobertas no primeiro contato com o Oceano Pacífico

Lucas Arruda | 16/08/2015 07:45
Chegar na praia em Lima foi um choque, afinal nunca tinha visto uma praia com pedras ao invés de areia.
Chegar na praia em Lima foi um choque, afinal nunca tinha visto uma praia com pedras ao invés de areia.

Tomar banho nas águas do Pacífico também era uma das minhas metas ao viajar pela América do Sul, afinal, posso dizer que comecei minha viagem pelo Rio de Janeiro, assim teria atravessado nosso continente.

Cheguei a Lima durante a noite e ainda tinha que procurar uma hospedagem, então não seria aquele dia ainda que entraria no mar. Eu e minha amiga da Lituânia, Juste, fomos até o bairro Miraflores, o mais turístico da cidade, com parques e bastante vegetação, além das praias.

Percebi que a cidade era imensa já que gastamos mais de duas horas da entrada, ainda no ônibus, até Miraflores, depois de pegar táxi na rodoviária. Acabei descobrindo que Lima é uma grande metrópole, com 10 milhões de habitantes, ainda assim, barata, pois a corrida de táxi custou PEN 15 (R$ 15), num percurso de mais de 40 minutos.

A caminho da praia de El Ñuro encontrei uma foca descansando na praia
A caminho da praia de El Ñuro encontrei uma foca descansando na praia
Dezenas de tartarugas aparecem para nadar com os turistas na praia de El Ñuro
Dezenas de tartarugas aparecem para nadar com os turistas na praia de El Ñuro

Andando por Miraflores, encontrei o hostel Flying Dogs, que cobrava PEN 35 (R$ 35) pela diária, com direito a café da manhã e uso da cozinha. Na mesma noite, ainda andei um pouco pelo bairro que é bastante seguro, com bons restaurantes, casas noturnas e ainda com wi-fi gratuito, para quem não consegue ficar sem se conectar. O destaque gastronômico do lugar vai para a Calle das Pizzas (calle em espanhol significa rua).

Fiquei mais dois dias em Lima, infelizmente, um pouco doente, fazendo com que eu conhecesse pouco da cidade. Mas ainda assim consegui andar pelo Parque John F. Keneddy, o principal do bairro, que fica no canteiro de uma grande avenida e se estende por quilômetros, com centenas de árvores.

Também fui à praia, já que era somente 15 minutos de onde estava hospedado.

Porém, quando cheguei ao mar, senti uma grande decepção. Além do tempo não estar legal, estava bastante nublado e eu queria que o Pacífico me recebesse com sol, já que era a primeira vez que me encontrava com ele, a praia não era com areia como estamos acostumados e sim com pedras, o que produzia barulho ensurdecedor.

Acabei molhando somente os pés. Depois de tamanha decepção, perdi a vontade de tomar banho de mar.

Quando melhorei, resolvi seguir viagem. Decidi ir para Mancora, cidade litorânea no norte do Peru e famosa por lá, por conta das festas e por ter muitos surfistas, principalmente durante o verão (eu fui no outono).

Foram 15 horas de viagem por PEN 50 (R$ 50). Fui sem grandes expectativas, já que havia me decepcionado com o mar em Lima. Cheguei a noite e fui até o Kokopelli hostel, que me cobrou PEN 25 (R$ 25), com direito a café da manhã e também a uma piscina.

No outro dia, com um sol bem forte, consegui curtir a praia, que era com areia, e conhecer o Pacífico de verdade.

Apesar de ser litorânea, achei restaurantes baratos com comida bem gostosa na cidade. Lá almoçava num que cobrava PEN 7 (R$ 7), num prato com sopa ou salada de entrada e o gostoso Arroz Chaufa (prato típico da comida peruana). 

No segundo dia por lá, fui conhecer um ponto turístico há 30 minutos da cidade, a praia de El Ñuro, onde o turista pode nadar com tartarugas.

Para ir até lá é simples e barato. Basta pegar um ônibus que custa PEN 2 (R$ 2) ou um moto táxi, que sai por PEN 15 (R$ 15). Como estava economizando, peguei o ônibus e meia hora depois desci na primeira estação, na pequena comunidade de Organos.

Punta Sal tem um mar azul cristalino, mas não vale a pena dormir por lá, tudo é muito caro
Punta Sal tem um mar azul cristalino, mas não vale a pena dormir por lá, tudo é muito caro

Comecei a caminhada em busca do mar e após 15 minutos a única coisa que encontrei foi uma foca que estava dormindo perto de umas grandes pedras (num primeiro momento a confundi com uma pedra).

Andei por mais de uma hora, por lindas praias desertas e enfim encontrei El Ñuro. Lá o turista vai até o cais e pode alugar um colete salva vidas e máscara de mergulho. Fiquei alguns minutos nadando com as tartarugas e depois fui dar uma volta na praia.

A vida noturna da cidade acontece basicamente em frente à praia e as festas são cheias de gringos e moradores locais. Acabei voltando cedo para o hostel, mas não sem antes curtir um pouquinho e tomar uns pisco sour, drink típico e famoso por lá.

Acordei e fui fazer check out no hostel, mas como achei ônibus para o Equador somente às 23 horas ainda fui conhecer Punta Sal, que fica ao norte de Mancora. Para chegar até lá é preciso pegar um taxi, que geralmente vai dividir com outras pessoas e cada um paga PEN 5 (R$ 5). São 20 minutos de estrada.

Punta Sal tem praias muito bonitas, mas por lá tudo é caro, principalmente hospedagem. No verão também é possível ver baleias. Eu acabei perdendo, mas tomei um belo banho de mar para me despedir do Peru.

Agora é seguir para o Equador!

O bairro Miraflores é cheio de parques verdes e tem até WiFi liberado em todo o bairro
O bairro Miraflores é cheio de parques verdes e tem até WiFi liberado em todo o bairro
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