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Diversão

Banda encara estilo rockabilly com som anos 50; dificuldade é achar figurino

Anny Malagolini | 07/08/2013 07:19
Músicos Aline Calixto, Marcelo Rezende, Jolivete Fontoura, Felipe Lira e Rodrigo Garms (Foto: Divulgação)
Músicos Aline Calixto, Marcelo Rezende, Jolivete Fontoura, Felipe Lira e Rodrigo Garms (Foto: Divulgação)

O “Rockabilly”, um dos tantos filhos do rock, tornou-se para alguns músicos um estilo de vida que, além do gosto musical, define a aparência, com topetes e roupas vintage.

O ritmo que surgiu no início dos anos 50, apresenta uma nova geração de apaixonados pelo rockabilly. Donos de visual e som antigo, cinco músicos de Campo Grande formaram há menos de um mês a banda The Aristocats.

Conhecido na voz de Jerry Lee Lewis, Carl Perkins, Bill Halley, Johnny Cash, Gene Vincent, Wanda Jackson, Eddie Cochran e Johnny Burnette, o som que não deixava ninguém parado transformou o repertório dos músicos Marcelo Rezende, Aline Calixto, Felipe Lira, Rodrigo Garms e Jolivete Fontoura, que integram bandas de rock e blues na capital.
Para quem não faz ideia do que é o estilo, o rei do rock, Elvis Presley é um dos símbolos do rockabilly. Porém, em Campo Grande, a voz aguda, diferente do rei, pertence a professora Aline Calixto, de 26 anos.

Para entrar de cabeça no mundo da música, a cantora conta que foi atrás das raízes do rock'n'roll e descobriu o estilo musical, "O rockabilly tem toda uma atmosfera, e eu como artista aderi a todas essas facetas do som, inclusive o topete".

No cotidiano, a professora, que também é atriz, deixa de lado o personagem do palco dos shows, mas com a definição da agenda, quem entra em cena é o amigo, o estilista Fábio Maurício, que prepara as roupas, cabelo e maquiagem da cantora.

Enquanto em cidades como São Paulo, por exemplo, quem é fã do estilo rockabilly tem incontáveis opções de bares e lojas para frequentar, por aqui a ausência é sentida.

Um dos guitarristas da banda, o engenheiro agrônomo Rodrigo Garms, de 30 anos, é o que mais se destaca com o visual. Paulista, ele veio morar em Campo grande há dez anos, mas trouxe de Santos as referências musicais que aprendeu ainda quando criança, com um vinil do Elvis, e o estilo.

Banda encara estilo rockabilly com som anos 50; dificuldade é achar figurino

Com tatuagens “old school”, topete, e um estilo digno dos anos 50, um dos guitarristas da banda, o engenheiro agrônomo Rodrigo Garms, de 30 anos, é o que mais se destaca com o visual. Paulista, ele veio morar em Campo Grande há dez anos e trouxe de Santos as referências musicais que aprendeu ainda quando criança, como um vinil de Elvis.

A dificuldade maior é em comprar as roupas, por isso, a cada três meses, quando viaja a São Paulo, vai atrás de novas peças, já que em Campo Grande não tem lojas do gênero. Para ele, o vestir anos 50 é normal e hoje já é comum, “Devem me olhar e pensar que sou mais um da modinha, hoje o retrô é moda”.

Ele conta que a paixão pelo Rockabilly começou na infância, em uma loja de vinis, “Eu queria ser roqueiro, e o vendedor da loja me disse que deveria começar pelo inicio, e me apresentou o Elvis Presley”, e bastou isso para Rodrigo descobrir o mundo da música.

Quem gosta, faz da cena tímida sempre um recomeço, como o jornalista Marcelo Rezende, de 41 anos, que também toca na banda de blues "Bêbados Habilidosos".

Marcelo fez parte do começo do agito rockabilly na Capital, no inicio dos anos 90, e, só após 20 anos, o que era sonho nas rodas de amigos se tornou acorde no contrabaixo do instrumento que toca no "The Aristocats".

"Temos um público de rock agora, é inegável", afirma Marcelo, que até já foi alvo de piadas pela aparência "rocker". "Me apontaram e perguntaram se eu iria a uma festa dos anos 60. Fiquei bravo e não fui muito gentil ao responder", relembra hoje com bom humor.

Não tem jeito, quem realmente gosta de rock e acaba chegando ao ponto de partida, e foi assim que o estudante Jolivete Nantes Fontoura, de 19 anos, conheceu o estilo, também ao som de Elvis Presley. Guitarrista solo da banda, o estudante passou por outras vertentes, mais “viajadas” que o rockabilly, como rock progressivo e experimental, como o da banda Pink Floyd. Para não destoar do restante dos integrantes, o estudante prometeu usar topete, “Vou aderir, estou até deixando o cabelo crescer para os shows”.

Ainda em começo de carreira, a banda tem poucas apresentações marcadas. Quem quiser conhecer o trabalho dos músicos, sexta-feira (09), eles vão se apresentar no bar “Trem Mineiro”, que fica na rua Frederico Ornelas Saravy, 238, a partir das 21 horas. A entrada é gratuita.

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