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Diversão

Cachê de R$ 46 mil para Oficina G3 reabre debate sobre valores pagos pela Fundac

Ângela Kempfer | 16/04/2014 14:03
Show da Oficina G3 na semana passada.
Show da Oficina G3 na semana passada.

A página do Fórum de Cultura de Campo Grande ferve no Facebook. Hoje, a notícia de que a prefeitura pagou R$ 46.5 mil só no cachê de uma banda da Quinta Gospel levantou os radares da “fiscalização”. Um assunto que dá muito pano pra manga, ainda mais quando a gente resolve pesquisar todos os valores pagos pela Fundac recentemente.

Como a atual administração tem um pé pesado na Igreja Evangélica, qualquer indicio de favorecimento incomoda. No interior do Rio de Janeiro, por exemplo, o Ministério Público entrou com ação para que a prefeitura de Comendador Levy Gaspari seja proibida de bancar eventos religiosos.

Aqui, o primeiro “levante” ocorreu porque a Quinta Gospel foi realizada sem a Noite da Seresta. De acordo com lei municipal de 2012, os dois eventos teriam de ocorrer um na sequência do outro, para economizar gastos.

Agora, o que se questiona é o valor gasto com a banda gospel Oficina G3, que esteve em Campo Grande na semana passada: exatos R$ 46.540,00.

Mas em um levantamento rápido, a gente tem uma surpresa ao perceber que os valores pagos para as atrações da Noite da Seresta são tão altos quanto, inclusive, para artistas que há muito não estão na mídia, que nem de longe têm os fãs da banda gospel e que cobram muito menos para apresentações que não envolvem dinheiro público.

Se engana quem acha que o cachê dos seresteiros é baratinho, já que os convidados há tempos não emplacam um hit. No ano passado, a “Banda Pholhas” custou R$ 51 mil à Fundac (Fundação Municipal de Cultura), enquanto que para um show fictício do Lado B, a equipe da banda enviou orçamento de R$ 18 mil.

O cantor Peninha levou mais R$ 47 mil para cantar em agosto de 2013. Já para uma apresentação este ano, a pedido do Lado B, o cachê cobrado seria de R$ 15 mil, ou seja, uma diferença de R$ 32 mil.

A recordista de 2013 foi a Galinha Pintadinha, com R$ 70 mil, mas a penosa estava na crista da onda. 

Como sempre, as atrações regionais ganham bem menos. Os últimos contratados pelo projeto, o Grupo Acaba, recebeu R$ 23 mil pelo show em dezembro. 

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