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Diversão

Com formação original e perto de comemorar 43 anos, “Pholhas” abre Seresta

Paula Maciulevicius | 13/01/2012 19:59

Banda que tem como público filho e netos dos fãs da década de 70: Pholha e com a formação original. (Foto: Pedro Peralta)
Banda que tem como público filho e netos dos fãs da década de 70: Pholha e com a formação original. (Foto: Pedro Peralta)

O papo é de nostalgia do começo ao fim, mesmo para quem não viveu a época do rock do grupo “Pholhas”, nos anos 70. Perto de completar 43 anos, eles sobem ao palco com todo estilo e panca da juventude, mesmo os integrantes sendo “sessentões”.

A formação apresentada na Noite da Seresta é a original, ou melhor 75% dela, como define Bitão. A “novidade” não tão nova assim é o baixista Oswaldo Malagutti, que volta ao repertório, depois de ter saído em 1979 para montar o próprio estúdio, substituindo o também baixista, João Alberto, que está afastado por três meses por um problema no tendão.

Ao dizer que o grupo completa 43 anos no próximo mês, o guitarrista Bitão, surpreende até os companheiros, Oswaldo e Paulo. A data se refere ao dia do primeiro ensaio juntos, em 18 de fevereiro de 1969. “Data importante? Só se for para você, porque para nós não foi não”, brinca Oswaldo.

O primeiro encontro para aquecer e afinar o grupo foi na casa do tio de Oswaldo. “Era tudo simples, nada de importado. Guitarra e baixo nacionais, até caseiro, como amplificador”, explicou Oswaldo.

“Nossa era uma Guaraní”, brinca Paulo.

Até a formação do grupo vem de uma história engraçada. Cada um deles já faziam parte de bandas “mas aí a gente pensou o que queremos da vida? É tocar música internacional. Então vamos eliminar a nossa banda e formamos a que estamos hoje”, conta Paulo.

O curioso da formação é que a vontade de se dedicar ao rock inglês e norte-americano, de Bee Gees, Credence, Clearwater Revival, Elvis Presley, Rolling Stones e Beatles levou Oswaldo e Paulo a “armarem” para que Bitão aceitasse o convite da banda.

“Pensamos que para ter a banda precisava de mais um guitarrista, aí veio o Bitão. Ele era perfeito, até nisso. Bitão é apelido de Beatles”, relembram.

Com várias amostras de música debaixo do braço, os dois foram até Bitão dizendo que tocavam tudo aquilo. “Ele não acreditou e aceitou, mas falamos só para ele entrar na banda”, brinca Paulo.

Para quem já vendeu 6 milhões de cópias em toda a carreira, com recorde de 400 mil no primeiro LP, o público de hoje já é composto dos filhos dos fãs da década de 70.

“Só filhos? Tem netos já”, brinca Oswaldo.

O repertório é o mesmo há 40 anos. E é o que enlouquece os fãs. Claro que com o passar dos anos a histeria diminuiu, a medida que o público foi amadurecendo junto com a banda. “É outra maneira de enlouquecer. Claro que o que a gente toca, toca no coração deles. O público recorda, alguns dizem eu casei com essa música”, encerra o “Pholhas”.

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