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Diversão

Com Selton Melo e Rodrigo Santoro, “Reis e Ratos” tenta ser engraçado

Fabiano Arruda | 19/02/2012 11:07
Rodrigo Santoro é um dos poucos destaques do filme. (Foto: Divulgação)
Rodrigo Santoro é um dos poucos destaques do filme. (Foto: Divulgação)

O elenco tem boas peças, como Selton Melo e Rodrigo Santoro, e o enredo brinca com o comunismo e o golpe militar de 64. A fórmula é atraente, mas a comédia “Reis e Ratos”, em cartaz nos cinemas, frustra e, em sua maioria, fica só na tentativa de ser engraçada.

Um dos destaques é Santoro, que vive um viciado em anfetamina e aparece na trama com aparência suja e dentes estragados. Longe de ser galã, mostra porque é um dos atores brasileiros mais conceituados.

Selton, uma das estrelas do cinema nacional, interpreta um agente da CIA, Troy, que vive no Brasil e tem uma sapataria de fachada. Caricato, ele também deixa mostras de seu talento, embora amarrado pelo roteiro que peca pelos excessos.

O “tiro no pé” de “Reis e Ratos” está nas piadas, que dão muitas voltas e mostram diálogos confusos antes do “fazer rir”. A perda deste “time” na comédia é considerada um assassinato no gênero.

Em muitos momentos, o espectador fica na ânsia de sequências engraçadas, mas a risada de doer a barriga praticamente não aparece no longa dirigido por Mauro Lima ("Meu Nome Não É Johnny").

O elenco ainda conta com Cauã Reymond, que vive um locutor de rádio e simula a voz fanha dos radialistas da época. Em meio a sua profissão, seu personagem, Hervê, tem espasmo mediúnicos. Entre as loucuras, vive guerreiros medievais.

A trama gira em torno da personagem de Rafaela Mandelli, a cantora Amélia Castanho, que, entre decepções amorosas, percebe-se como presa numa trama política.

O major Esdras, vivido por Otavio Müller, e a esposa de Troy, interpretada por Paula Burlamarqui, também estão entre o grupo principal da comédia, gênero, que, pela escassez de risos, é colocado em cheque ao final dos 101 minutos de filme.

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