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Diversão

Como sofre um sul-mato-grossense ao subir escadas do outro lado da fronteira

Lucas Arruda | 16/05/2015 07:34
Sucre vista de mirante. (Fotos: Lucas Arruda)
Sucre vista de mirante. (Fotos: Lucas Arruda)

A ideia inicial em viajar pela Bolívia era sair de Santa Cruz e ir a La Paz e depois ir ao Salar de Uyuni, a cidade feita de sal. Como não tenho um rumo muito certo, mudei o trajeto e fui para Sucre, junto com um casal de amigos suíços.

Foram doze horas num ônibus nem um pouco confortável e por uma estrada bem ruim também. Porém, o preço foi bem cômodo, apenas Bs 70 (R$ 30). No Brasil, uma viagem que dura este tempo jamais teria este preço.

Cheguei em Sucre por volta das 7 horas da manhã e fui ao hostel Kultur Berlin, que haviam me indicado. Foram longas seis horas na sala de espera do hostel, entre cochilos no sofá e conversas com outros viajantes, um bom tempo para praticar o inglês e o espanhol.

A diária do hostel era Bs 55 (R$ 24), no quarto com oito camas, incluso café da manhã. O lugar é imenso e todos os dias tem festas, cada qual com sua temática. A melhor é a de sexta, que começa com apresentações de danças típicas bolivianas e depois rola música eletrônica.

Foi o hostel em que mais conheci pessoas, inclusive um francês que resolveu viajar junto comigo e o casal de suíços.
Sucre é rodeada por montanhas e tem diversos atrativos, como um Parque Jurássico e trekkings pelas montanhas. Infelizmente, nos dois primeiros dias em que estive na cidade choveu e no outro era domingo, nao tinha nada aberto e não consegui conhecer os pontos turísticos mais famosos da cidade.

Mas ainda assim, visitei um mirante, de onde conseguia ver quase toda a Sucre e suas montanhas e também conhecer um pouco da noite da Capital boliviana, que é bem animada e barata na região central.

Praça de Potosi.
Praça de Potosi.

Depois de Sucre, fomos a Potosí, agora estávamos em quatro. A passagem de Bs 30 (R$ 12) rendeu viagem de três horas.

Potosí também é uma cidade rodeada por montanhas e foi a mais alta que conheci até então (fica a uma altitude de 4.100 metros em relação ao nível do mar). Ao dar poucos passos, a altitude já pesou sobre mim, além do meu corpo carrego duas mochilas, o cansaço bateu rápido.

Pegamos um táxi e fomos ao hotel, pela primeira vez na viagem ficava num quarto com somente duas camas, que dividi com o amigo francês. O problema é que ficava no segundo andar e toda vez que subia as escadas necessitava de uma cadeira para descansar por alguns segundos, ainda mais eu que levo uma vida muito sedentária.

Saímos para comer algo e acabamos numa pizzaria. A pizza grande, de oito pedaços, custa Bs 60 (R$ 25) e alimenta bem duas pessoas. Para beber escolhi uma dose de uísque com suco de laranja, uma infeliz decisão, pelo preço de Bs 25 (12). Depois de terminada a dose já estava levemente bêbado, acredito que por conta da altitude.

Fiquei mais um dia em Potosí, conhecendo a cidade repleta de feiras, lojas com roupas e acessórios típicos e também sempre muito cansado (passei a respeitar muito mais os jogadores de futebol brasileiros que vão até lá). Pelo menos consegui comprar um saco com folhas de coca, o que ameniza um pouco os efeitos da altitude.

Depois de muita expectativa e uma semana na Bolívia, finalmente foi a hora de ir conhecer o Salar de Uyuni. Essa é a próxima parada!

Próxima parada é no Salar de Uyuni, a cidade de sal.
Próxima parada é no Salar de Uyuni, a cidade de sal.
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